O lulismo em crise: Um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016)

Capa
Companhia das Letras, 19 de mai. de 2018 - 392 páginas

O autor do conceito de lulismo apresenta uma poderosa interpretação do funcionamento do sistema político-partidário brasileiro, tomando como objeto de análise os anos Dilma

Em O lulismo em crise, André Singer enfrenta o desafio de remontar o quebra-cabeça dos anos em que Dilma Rousseff foi presidente da república e apresenta uma interpretação original para o funcionamento do sistema político-partidário brasileiro.
Com prosa límpida e argumentação rigorosa, Singer explica por que o afastamento de duas vigas estruturantes do arranjo lulista — a relação com o capital financeiro e com o PMDB, o "partido do interior" — teve custo tão alto. Onças foram cutucadas com varas curtas, sem que tivesse havido mobilização de bases sociais que apoiassem a continuidade do lulismo, em sua nova versão, de reformismo forte. Em processo simultâneo, a Lava Jato acabou por galvanizar apoio de significativas frações da sociedade, tornando-se decisiva na propagação das ondas antilulistas que levariam ao impeachment.
Reconstruindo de maneira minuciosa o que chama de ensaio desenvolvimentista e ensaio republicano tentados por Dilma, o autor apresenta as razões pelas quais acabou vencedora a fórmula do senador Romero Jucá do "acordo nacional", "com o Supremo, com tudo" para derrubar a presidente.

Sobre o autor (2018)

ANDRÉ SINGER nasceu em São Paulo, em 1958. Foi porta-voz e secretário de imprensa da Presidência da República (2003-7). É professor titular do departamento de ciência política da USP, colunista do jornal Folha de S.Paulo e autor de Esquerda e direita no eleitorado brasileiro (2000), O PT (2001) e Os sentidos do lulismo (Companhia das Letras, 2012, prêmio da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais de melhor obra científica do ano).

Informações bibliográficas