Bocage, sua vida e época litteraria

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Imprensa Portugueza, 1876 - 306 páginas
 

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Página 165 - Liberdade, onde estás? Quem te demora? Quem faz que o teu influxo em nós não caia? Porque (triste de mim!), porque não raia Já na esfera de Lísia a tua aurora?
Página 255 - Prazeres, socios meus e meus tyrannos ! Esta alma, que sedenta em si não coube, No abysmo vos sumiu dos desenganos.
Página 140 - Que victima gentil, muda, e serena Brilha entre espesso, detestavel bando, Nas sombras da calumnia, que a condemna! Orna a paz da innocencia o gesto brando, E os olhos, cujas...
Página 48 - A formosura desta fresca serra E a sombra dos verdes castanheiros; O manso caminhar destes ribeiros Donde toda a tristeza se desterra; O rouco som do mar, a estranha terra, O esconder do Sol pelos outeiros, O recolher dos gados derradeiros, Das nuvens pelo ar a branda guerra; Enfim, tudo o que a rara Natureza Com tanta variedade nos ofrece, Me está, se não te vejo, magoando.
Página 102 - Boca que à parte esquerda se acomoda (Uns afirmam que fede, outros que cheira); Japona, que da Ladra andou na feira; Ferrugento faim, que já foi moda No tempo em que Albuquerque fez a poda Ao soberbo Hidalcão, com mão guerreira; Ruço calção que espipa no joelho, Meia e sapato, com que ao lodo avança, Vindo a encontrar-se...
Página 44 - Estes inúteis ais, que d'alma tiro. Do santo abrigo de meus deuses lares Pela Sorte cruel desarraigado, E exposto em frágil quilha a bravos mares; Sobre as espaldas do Oceano inchado, Dirigindo...
Página 47 - Maria, a criatura mais extravagante mas porventura a mais sui generis que Deus ainda formou. Aconteceu estar este mancebo em um dos seus dias de bom humor e de excentricidade, que, como sol de inverno, vinham quando menos se esperava. Mil ditos graciosos, mil rasgos de delirante jovialidade, mil apodos satíricos por ele incessantemente vibrados, fizeram-nos finar de riso. Quando, porém, começou a recitar algumas das suas composições, nas quais grande profundidade de pensamento se alia com os...
Página 37 - Silveiras, Mascarenhas, Castros, Foi soar vossa fama além dos astros. Nos climas, onde mais do que na historia Vive dos Albuquerques a...
Página 37 - Gigante Os negros labios, o feroz semblante. Quer a sorte, propicia a meu desejo, Manda-me a honra, cujas aras beijo, Que com fervido brio Contemple os muros da invencivel Diu, D'onde, oh Silveiras, Mascarenhas, Castros, Foi soar vossa fama além dos astros.
Página 215 - Patrimonio dos vates (e não sempre) Sustem meus dias, que parecem noites, E esteio aos dias são de irmã, que terna Curte commigo tormentosos fados.

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