Obras litterarias: Prosa: 1-2. Viagens na minha terra. 3-4. O Arco de Sanct' Anna. 5. Portugal na balança da Europa. 7. Helena. 8. Discursos parlamentares e memorias biographicas. 9. Escriptos diversos, Volumes 1-9

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Passagens mais conhecidas

Página 92 - As paixões más, os pensamentos mesquinhos, os pesares e as vilezas da vida não podem senão fugir para longe. Imagina-se por aqui o Éden que o primeiro homem habitou com a sua inocência e com a virgindade do seu coração.
Página 20 - ... boa como as melhores da Europa. Dizia um secretario d'Estado meu 'amigo que para se repartir com egualdade o melhoramento das ruas por toda Lisboa, deviam ser obrigados os ministros a mudar de rua e bairro todos os tres mezes.
Página 27 - A sociedade é materialista; ea literatura, que é a expressão da sociedade, é toda excessivamente e absurdamente e despropositadamente espiritualista! Sancho rei de facto, Quixote rei de direito. Pois é assim; e explica-se. É a literatura que é uma hipócrita...
Página 111 - ... da mão, e arredou a dobadoira. A velha comeu alguns bagos de um cacho doirado que a neta lhe escolheu e pos nas mãos, bebeu um trago de vinho, e ficou callada e quieta, mas ja sem a mesma expressão de felicidade e contentamento socegado que ainda agora lhe luzia no rosto. As animadas feições de Joanninha reflectiam sympathicamente a mesma alteração.
Página 73 - ... me diz na natureza. Há um vago, um indeciso, um vaporoso naquele quadro, que não tem nenhum outro. Não é o sublime da montanha, nem o augusto do bosque, nem o ameno do vale.
Página 202 - Do mais espesso da ramagem, que fazia sobreceu áquelle leito de verdura, sahia uma torrente de melodias, que vagas e ondulantes como a selva com o vento, fortes, bravas, e admiraveis de irregularidade e invenção, como as barbaras endeixas de um poeta seivagem das montanhas. . . Era um rouxinol, um dos queridos rouxinoes do valle que alli ficára de vela e companhia á sua protectora, á menina do seu nome. Com o approximar dos soldados, eo cochichar do curto dialogo que no fim do...
Página 128 - Onde está a forca da tribuna? Que poeta canta tam alto que o oiçam as pedras brutas e os robres duros d'esta selva materialista a que os utilitarios nos reduziram ? Se exceptuarmos o debil clamor da imprensa liberal ja meio-esganada da policia, não se ouve no vasto silencio d'este êrmo senão a voz dos barões gritando contos de réis.
Página 33 - Ah, ah ! vinha a ver se pegava ! ' — Não senhor, não é o meu genero esse. Francamente pois. . . eis ahi o que poderão dizer: — 'Addison foi secretario d'Estado, e então.
Página viii - ... espantosa, uma philosophia transcendente, e por fim de tudo, o natural indulgente e bom de um coração recto, puro, amigo da justiça, adorador da verdade, e inimigo declarado de todo o sophisma.
Página 109 - Perigo em que ella se acha ávista de uns olhos verdes. — De como estando a avó ea neta a conversar muito de mano a mano, chega Frei Diniz e se interrompe a conversação. — Quem era Frei Diniz. —'Aqui estou, minha avó : é a sua meada? . . . eu lh'a indircito...

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