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nhadas de hum Pacabote levando â bordo o resto das Tropas e munições destinadas para formar naquelle Pais hum corpo de Dragões, de sorte que com estas duas Fragatas saõ oito as que sabemos tem hido sem contar as Embarcações de transporte, e estas duas ultimas saõ tambem de sincoenta pessas. § A Fragata Nossa Senhora da Boa viagem, de que faley â V. S. na dita carta, e as duas Fragatinhas, que tambem dise a V. S. ficavā no estaleyro se âchão promptas â partir dentro de dez, ou quinze dias com os pretextos, que referi mas não levarão a bordo os cazaes das Ilhas, que V. S. entende serem necessarios para o estabalecimento do Rio de Sam Pedro asim porque neste tempo de Inverno não seria facil tocarem as Fragatas as Ilhas e receberem a gente sem huma grande dilação, como porq. em q.to não temos alguma probalidade de que se consiga o dito estabalecimento não parece âcertado executarse este transporte §. Hâ alguñs annos, que o Concelho Ultr.o propos a S. Mg.e q. seria conveniente reduzir à hum Regimento de Dragões o Terço da guarnição da Colonia, e sem emb.o de S. Mg.e âsy o ordenar naq.le tempo, subrevierão embaraços, que não derão lugar â executarse o d.o arbitrio, hoje porem, que os Cast.os reduzem â Dragões as suas Tropas, não só he conveniente, mais presizo, que pratiquemos o mesmo: Nesta consideração tem S. Mg.e rezoluto formar na Colonia hum regimento de Dragões de oito Companhias de setenta Cav.os cada huã, para o que hira daqui o Coronel com alguns Cap.es e Officiaes subalternos dos que tem servido nos Regim.tos de Dragões, que se formarão de novo para que possão ensignar o mesmo methodo de serviço que âqui se pratica: p.a Thenente Coronel tem S. Mg.e destinado o Cap. Joze de Moraes Cabral, e para Sargento Mor o Cap.m Manoel de Barros Guedes Madureyra, em lugar dos quaes se nomearão Cap.es para as Tropas das Minas §. O Estado em que se acha â Colonia fas presizo, que este corpo seja destincto do outro, que ja ha de Infantaria na mesma praça, e que este ultimo, ou se conserve no mesmo pé ou se reduza tambem ao de Dragões quando âsy parese conveniente e se possa executar, o q. S. Mg.e deicha no arbitrio de V. S., e nesta incerteza se remetérão nas Fragatas mil armamentos cumplectos de todas as monições necessarias para Dragões, e nellas hirão tambem os refferidos Officiaes, os Soldados se podem escolher dos destacamentos, que se achão na mesma Praça e dos que terão chegado de Pernambuco, porque daqui he imposivel mandarense havendose feito hum tão consideravel augmento nas Tropas, e sendo presizo reclutalas continuamente: tudo o refferido participo â V. S. para que instruhido da rezulução de S. Mg.e possa hir tomando as suas medidas em forma que senão perca tempo, visto q. os Castelhanos terão ja os seos Dragoeñs formados §. O Bergantim que Antonio Pedro avizou â V. S., que detreminava despachar em dereytura â esta Corte, athe agora não tem aparecido, e como são passados tantos Mezes precizamente devemos crer, ou que foi sorprendido, ou que Antonio Pedro depois de escrever â V. S. mudou de rezolução, que seria o mais âcertado, pois hum documento de tanta importancia, não devia fiarse de semelhante Embarcação, sempre porem hê estranhavel, que âchandose V. S. nesse Governo, a q. hê sogeyto o da Colonia se lhe ocultase, não tanto à sorpreza das cartas pois que esta persebe pelo, que dis na sua Antonio Pedro, mas o seo contheudo de que era precizo, que V. S. foce plenamente informado para poder regular as suas ordeñs. E sera fatelidade muy sencivel, que por este desacerto, em que ainda naõ creyo, que obrase Antonio Pedro com menos senceridade, venhamos â perder huma prova tač clara da infedelidade da corte de Madrid, como he a das ditas cartas, de que ja aqui se falla ainda que com a errada sircunstancia de dizerse, que chegaraõ neste ultimo Navio, que V. S. despachou, sem que

e

possa saberse donde sahio a noticia. § Da mesma sorte se principia a divulgar, sem embg.o da nossa cautela, que a frota naõ vem, e ainda, que nao perdemos a esperança de que chegue muy brevemente, por isso mesmo que nao tem chegado avizo contrario, com tudo S. Mg.e me ordena diga â V. S., que no cazo em que â tenha demorado pelo embaraço considerado, aplique V. S. toda a sua efficacia em descobrir algum meyo de sahir delle, e expedir com a brevidade, e segurança que for possivel a da frota na certeza de que da sua falta se seguem infalivelmente as terriveis consequencias, q. deicho ponderadas, e quando absulutamente, naõ possaõ escuzarse ahy as duas Fragatas destinadas para o seo comboy, nem ainda depois de chegarem as que estao para sahir deste Porto, recomenda S. Mg.e â V. S. que veja se ao menos entre os Navios Mercantes hâ alguñs, que armados em guerra possaõ defenderse de alguã sorpreza, e neste cazo expedira V. S. antes hum âviso para q. se for presizo, e houver receyo de algum intento dos castelhanos possaõ sahir de aqui alguãs Fragatas a embaraçalos, se porem V. S. entender, que nao pode vir a dita Frota sem risco, naõ resta outra remedio mais, q. o de demorala avizandome V. S.. q. asim o executa. As fronteyras se conservao no mesmo estado, q. avizey â V. S. na minha precedente, e as negociações continuão na mesma incerteza o que junto as experiencias, q. temos da mâ fê da corte de Madrid, fas precizo, que em toda a parte se esteja com a devida vegilancia, e m.to mais nesse Pais. Naõ se offerese outra couza, que deva prevenir a V. S. q. Ds. g. m. ann. Lx.a occidental a seis de Janeyro de mil setec.tos trinta, e sete «<Antonio Guedes Pereyra» Sñr. Gomes Fr.e de Andrada «Pello que mandey fazer algum exame na força das Naus Mercantes, que se âchavaõ em este Porto para ver se com alguma segurança podia cumprir o que a dita carta expreça. S Receby logo huma carta do Sir. V. Rey com o cap.o da do secretr.o de Est.o seguinte» Por participaçao, que fes em Londres huma pessoa p.ar a Marco Antonio de Azevedo soubemos aqui ainda antes de chegar â frota do estranho projecto, que conseberao os Diretores da Companhia de França demandarem occupar huma Ilha, que indesputavelmente pertence aos Dominios de S. Mg.e: as consequencias, que podem rezultar deste atentado pondera V. E.a com tanta prudencia, que eu nao tenho, que dizer lhe demais, nem tao pouco que acrescentar a providencia q. V. Ê.a deo para desalojar aos poucos Francezes q. se achao na dita Ilha, porque o modo q. V. E.a insinuou ao Governador de Pernambuco hé o mais conveniente, e só me manda S. Mg.e advertir â V. E.a que senao perca tempo nesta deligencia por evitar os inconvenientes q., podem rezultar da dilaçao, e que para tambem prevenir qual quer queycha da Corte de Paris (ainda que se nao sabe â The agora, que ella aprovase o dito projeto) se deve sempre supor, que os ditos Francezes saõ Piratas, q. se âcolheraõ âquele Ilha, mas nao se lhes fazer nenhum mao tratamento mais q. o de conservalos seguros athê âver occazião de serem remetidos para este Reyno com a mesma segurança, e porque tambem pode suceder, q. despois de expulços da Ilha chegue a ella alguma Nau Franceza com os reforços, q. elles diceraõ estar esperando, e achandoá dezerta tornem a occupala, sempre sera precizo, como V. E.a reconhece mandarse para ella alguma gente, armas, e munições com q. possa rebater ao menos o pr.o insulto; entretanto se podera averiguar se esta idea hé só da companhia, ou tambem da Corte, e por hora o q. S. Mg. tem rezoluto he naõ se dar por entendido com a mesma Corte, e como nesta se soube logo q. chegou a frota a noticia da sorpreza se tem divulgado, que os authores della saõ Piratas; porem na duvida de ter, ou não executado o Governador de Pernambuco o q. V. E.a lhe prevenio levara o com.te da Frota da dita Capitania alguã instruçao do que deve obrar, no cazo

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q. ainda se nao tenha obrado nada, e na concideraçaõ de tudo o q. fica d.o pode V. E.a avizar ao d.o Governador o que julgar conveniente q. se faça neste p.ar «E por elle entrey â preçuadirme, que a Nau Boaviagem seguia a derrota de Pernambuco, e que o esperar â sua chegada era expor a frota a a irremediavel demora, o q. unido a prova do impossivel de encontrar amarrações capazes de suster â Nau Lampadoza com a mais Esquadra logo que estivese capas, me obrigou â fazer junta e asentado nella, que a dita Nau remediada á sua amarraçao e em estado capas de ancorar em qualquer Porto servise de comboy â frota com a Nau mercante chamada Bonança a qual consta ter capacidade de hir armada com sincoenta canhões como se ve do termo seguinte». Aos sinco dias do Mes de Junho de mil setecentos trinta e sete por ordem do Ex.mo Sur. General Gomes Fr.e de Andrada Governador e Cap. General destas Capitanias, e Minas foraõ chamados a bordo do Navio N. Sr.a da Bonança, q. se acha surto neste Rio o Capitam de mar e guerra das Fragatas da Coroa Fran.co Borges da Costa, e bem âsim os capitães de Navios de Patente, e mais pessoas inteligentes na pratica do mar, e officiaes daconstruçaõ de Navios, carpinteyros, e calafates para examinarem a qualidade, e reforço do Navio mais capas, q. se achava neste Porto para se poder armar em guerra â fazer acçaõ de comboy, ou qualquer operação defenciva o que visto e examinado por todos oniformemente dicerão, que senão achava Navio mais capas para o sobred.o intento, q. o Navio Nossa Senhora da Bonança á sy pella capacidade de Navio, e poder montar sincoenta peças dos calibres q. cummummente se achao nas Fragatas da Coroa e de comboy, que custumaõ vir a este Porto, como tambem pella sua fortidão bem feixado, e proporcionados retiros para poder jugar â artr.a e uzo de Navio de guerra, e porque a sim convindo em tudo declararão ser esta â sua verdadr.a. inteligencia, e q. podiaõ discorrer em hum cazo de se armar hú Navio proporcionado â huma empreza ou comboy, e eu Costodio Jozé escrivao da Fragata Nossa Senhora da Lampadoza por S. Mg.e que Dsg.e fis este termo q. asigney, e commigo os ditos Cap.es e offi.es//Custodio Jozé-Fran.co Borges da Costa-Franco Pinhr.o dos Santos-Jozé de Torres-Vitoriano Dias JordãoLuis da Sylva Fogaça-Bernardo Jorge dos Santos-Estevão George Rybr.oFelipe Neri Cruz-Domingos Andre-Antonio de Azevedo-De Manoel Antonio carpintr.o huã cruz-Antonio de Lima-Manoel Franco-Thomas Glz.João Lopes-Fis dar principio a esta detreminação e para o fazer prezente a S. Mg. expedia hum avizo ao tempo, q. entrarão as tres Naus, cuja novidade junta ao mais que tenho exposto e â ver que as duas Naus de guerra expedidas em vinte sinco de Mayo vao no risco de sofrerem algum contratempo, ou no de serem âtacadas dos inemigos, me obrigou â convocar esta junta e a propor em ella duas couzas §. He a primeyra o q. deve obar esta Esquadra restabelecidos os doentes, e posta em estado de fazer viagem no cazo, que não hajao chegado as amarrações, que ella necessita, e o Prov. dos Armazes seguraua sahiao em huma charrua thé quinze de Fever. §. Hê â segunda ponderandose pr.o todo o repetido, se deve hir â frota, e se hindo hade ser com os combois, q. a necessidade Thé âqui nos fornecia, ou reforçados com alguma das Naus, que entrarão na Esquadra: Espero que em esta matr.a se discorra com tað grande âcerto, que alcancemos encontrar o mais util ao serviço de S. Mg.e O que visto e ponderado por todos os conferentez. Pareceo uniformemente, que ho estado em q. as Naus se âchavaõ de amarrações seria perdellas se voltasem ao R.o da prata sem novo provimento de ellas; e em quanto â segunda proposta pareceo en concideraçao da carta do Secretario de Est.o de seis de Janeyro, e mais ducum, tos nesta incorporados se devia expedir â frota

como se havia sentado na junta de sinco do prezente, e sóm.te se devia inovar â forma dos combois, tanto para que o pr.o da frota foce huma das Naus de mayor força da Esquadra como para ficar em ella a Nau Lampadoza â q.al pelo grande conserto comq. se âchava, e por dem.dar menos fundo era capas de passar â Colonia, o que não podia fazer â Nau Comceyção, a qual ficando na Esquadra era com menos utelidade votavaõ foce servindo de primeyro comboy â frota a dita Nau Conceyçaõ porem que sempre se esperase alguns dias mais para ver se nelles chegaua avizo de Lisboa, e que naõ vindo partise â frota a dez de Julho, fazendose avizo ao Secretr.o de Est.o que â frota partia no dito dia, se antes naõ se recebese ordem de S. Mg.e em contrario. E de como âsy se âcentou, e votou, mandou o dito G. e Cap.m General fazer este termo, q. todos com elle âsinaraõ em d.o dia era E eu Joze Ferreira da Fonte Secretr." do Governo o subscrevi. B. do Rio de Janr. Gomes Fr. de Andrada. Mel dFreitas da Fon.ca - Mathias Coelho de Souza. Luiz de Abreu Prego. - An.to de Mello Callado. - Fran. Borges da Costa. João Pr. Santos Andre Glz. Nor.a

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Aos treze dias do mez de Julho do anno de mil sete centos trinta e sete convocando o Ex.mo Sñr. Governador, e Capitao General desta Capitania do Rio de Janeiro e Minas geraes Gomes Freire de Andrada para huma junta ao Reverendo Bispo desta Diocezi D. Frei Antonio de Guadulupe, os Mestres de Campo da guarniçaõ desta Praça Manoel de Freytas da Fonceca e Mathias Coelho de Souza, o Coronel de mar Luis de Abreo Prego, os capitaeñs de mar e guerra D. Luis de Berderod, Joao Pereira Santos, Antonio de Melo Calado D. Pedro Antonio de Tree e Francisco Borges da Costa, e sendo todos prezentes na caza em que rezide o dito Gov. e Capitao General por elle foi dito, que na junta antecedente ficou rezoluto comboyase a frota ã Nau Comceyçao em lugar da Lampadoza, e se demorase The dez do prezente mez para se preparar a Nau, e esperar da nossa Corte noticias com que se pudese descorrer com algum âcerto, que hoje havia recebido huma carta do Secretario de Estado de vinte seis de Abril com os preliminares da tregua, e com os tres capitulos seguintes § A dilaçaõ da frota dessa Cap.nia cada dia se fas mais sencivel, e tem produzido todos aqueles iuconvenientes, e prejuizos, que eu preveni na carta que escreui a V. S. em seis de Janr. proximo nem me perçuado q. podera respirarse aqui tao cedo da grave operçao, que se padece com a falta dos cabedaes da mesma frota porque por hum Bergantim despachado da Colonia por Antonio Pedro, que aqui chegou a vinte hum do corrente sabemos, que ainda em vinte sete de Janr.o se achava no Rio da prata toda a Esquadra de sorte que bem creyo, que a frota naõ tera tambem ainda sahido desse Porto, nem podera chegar a este antes do Otono § A expediçaõ da fragata Boaviagem, e das duas fragatinhas, de que eu falei a V. S. nas minhas precedentes, e se suspendeo pela novidade, que sobreveyo de principiar a corte de Madrid a tratar mais seriamente do ajuste das diferenças o qual se concluhio finalmente em Paris na forma que V. S. vera na copia dos artigos, que lhe remeto, em vertude dos quais foraõ com efeito postos em liberdade os prezos e huã, e outra corte no dia trinta e hum de Março em que cumpre annos a Princeza do Brazil Nossa Senhora, e no mesmo dia nomiou S. Mg. por seo Embayxador á corte de Madrid ao Conde de Tarouca, que se achava na de Viena, ElRey caTholico á D. Berdardino de Merimon cavalheyro catelao, e general de Batalha § Para a suspençaõ das hostelidades estipulada no terceiro art.o se espera de Paris a minuta das ordeñs, que riciprocam.te devem expedirse de ambas as cortes, cam as quaes se despachara daqui em

déreitura ao Rio da prata â Fragata Boaviagem, porem emquanto V. S. nao receber as ditas ordeñs, naõ deve alterar em couza alguma as suas medidas a respeito dos socorros da Colonia, ou da Esquadra, porque se a corte de Madrid mandou com effeito tentar nouo citio, pode suceder, que ainda procure com algum pretexto dilatar a execução do refferido art." ne esperança de ganhar á Praça para ficar concervando a poce della emquanto se descide aquestao dos Dominios, o q. sem duvida nos sera de sumo prejuizo para a negociaçaõ asim como pelo contrario nos sera de grande utelid.ese tivesemos cõseguido qualquer ventagem em Montevedio, ou ao menos o estabalecim.to do R.o de S. Pedro § Pelos quaes capitulos se ve posto estejaõ ajustadas as diferenças da nossa corte, e da de Madrid se naõ achao firmadas as dependencias, que tocaõ a America, e que S. Mg.e concidera tanto a infedelidade do menisterio de Castella q. me manda naõ diminua o que houver emprendido em defença dos seos Dominios Thé ordem sua para que nao suceda alcancem os inemigos a gloria de render a Praça da colonia. § Neste Porto estao quatro Naus de guerra, e sentandose segunda ves que deve sahir a frota restaõ tres, para as quaes há quatro ancoras novas bastantes cabos, e para seu provimento promtos os mantimentos. § Todos sabemos foi ao R.o da prata em vinte sinco de Mayo o capitao de mar e guerra Joze de Vas.cos commandando as duas fragatas, Ondas e Nazareth, deilhe a instruçao seguinte. § Amenhã, que se contaõ vinte sinco de Mayo fara V. S. viagem de este porto em a Nau de guerra N. Sr.a das Ondas, levando as suas ordeñs a Nau Nossa Senhora de Nazareth, que commanda o capitao Antonio Carlos, e dous Navios, que transportaõ mantimentos, com as quaes Naus fara V. S. viagem á Ilha de Santa Catherina comboyando Thé a dita Ilha hum Navio, em q. a fas o sarg.to mor de Dragoeñs Manoel de Barros Guedes com os soldados das novas companhias do R.° grande. e huã sumaça, que transporta alguns familias para aquela noua povoaçao; chegando V. S. ao porto da Ilha fara examinar se ha alguma noticia do Coronel Luis de Abreo e da sua Esquadra ou da dos inemigos, e havendoá se encorporará V. S. com o coronel, e seguira as suas ordeñs: Nao havendo na Ilha noticia alguma, nos fas preçuadir conservarse ainda no Rio da prata o d.o coronel Asi ordenara V. S. logo aos navios de transporte o sigão, e V. S. lhes fara conserva trabalhando por incorporarse a nossa Esquadra com as duas fragatas q. leva, e sempre com grande cautela, que hé superfluo prevenir a V. S. de senão enganar com as Naus inemigas, q. por algua fatelidade nossa possão estar no proprio lugar, em q. a Esquadra se áchava, esperando os transportes que forem á Colonia: no cazo que V. S. chegue ao Rio da prata, e a nossa Esquadra por rezão dos mares haja sahido de elle, vendo V. S. unidas algumas Naus inemigas á fragata, q. tem em Montevedio, fara todo o possivel por se retirar e conservar os transportes, porem não encontrando V. S. a nossa Esquadra, mas sim o paço livre a Colonia, fara V. S. por introduzirlhe com os dous Transportes aÑau Nossa Senhora de Nazareth para que cobrindo com ella e a Nau Eeperança o porto, possa segurarse aquela Praça, e passara tambem a ella o condestavel Francez, e o que V. S. leua para a construção do Borlote, o que executado, sem demora sahira V. S. do R.o fazendo viagem a Ilha de Santa Catherina e se V. S. em ella encontrar certeza de que o Coronel voltou para o Rio da prata, voltará V. S. a incorporarse com elle, porem não tendo noticia alguã se recolhera a este porto com a brevid.e que The for possivel; eu fico seguro q. V. S. executara esta deligencia com aquelle acerto de q. V. S. tem dado tantas prouas em a prezente campanha. Ds. g. a V. S. Rio de Janr. vinte quatro de Mayo de mil setec.tos trinta e sete, Gomes Fr. de Andr.a S. Cap. de mar e guerra command.e Joze de Vas.cus

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