O espetáculo das raças: Cientistas, instituições e questão racial no Brasil do século XIXEditora Companhia das Letras, 10 de set. de 1993 - 296 páginas Fina análise das instituições científicas brasileiras do final do século XIX. Com base em documentos raros e muitas vezes inéditos, a autora reconstrói a mentalidade de uma época em que conviveram o liberalismo político e o racismo cientificista. Um grande laboratório racial: era essa a imagem do Brasil no final do século passado. Construída pelos inúmeros viajantes que aqui aportavam, a alusão a um país de raças híbridas encontrava boa acolhida entre nossos intelectuais - juristas, médicos, literatos, naturalistas. Como entender, no entanto, que esses mesmos pensadores tenham feito das teorias raciais deterministas e evolutivas o seu baluarte intelectual, espalhando pela sociedade brasileira noções de superioridade racial e o estigma do pessimismo quanto ao futuro de uma nação mestiça? Esse é o desafio que a autora busca vencer, com base em documentos raros e muitas vezes inéditos: a compreensão da mentalidade de uma época em que conviveram o liberalismo político e o racismo oriundo das várias escolas darwinistas. Um paradoxo que marca até hoje e põe em xeque o país da democracia racial. |
Conteúdo
9 | |
Entre homens de sciencia | 23 |
11 | 33 |
23 | 40 |
a emergência da raça | 47 |
Polvo é povo molusco | 67 |
a sciencia chega | 78 |
luz da sciencia bem | 84 |
Guardiões da histó | 99 |
As faculdades de direito ou os eleitos da nação | 141 |
As faculdades de medicina ou como sanar um país doente | 189 |
algumas considerações finais | 239 |
Notas | 251 |
Abreviaturas | 270 |
285 | |
de gabinetes de curiosi | 90 |