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esphera tem as armas reaes, e as Rimas dirigidas a la inclyta Universidade.

1607

OS LUSIADAS DE LUIS DE CAMÕES. DEDICADO Á UNIVERSIDADE DE COIMBRA.

ANNO 1607. NA OFFICINA DE PEDRO CRAESBECK

Barbosa Machado cita esta edição que não é conhecida.

1608

RIMAS DE LUIS DE CAMOENS. 1608?

Esta edição não é conhecida, nem tem sido citada nos catalogos das edições: Faria e Sousa, que a cità, diz que fôra a setima.

1609

OS LUSIADAS DE LUIS DE CAMÕES PRINCIPE DA POESIA HEROICA, DEDICADOS AO D. DOM RODRIGO DA CUNHA, DEPUTADO DO SANTO OFFICIO. IMPRESSOS COM LICENÇA DA SANTA INQUISIÇÃO & ORDINARIO. EM LISBOA, POR PEDRO CRAESBECK. ANNO 1609. COM PREVELEGIO Á CUSTA DE DOMINGOS FERNANDES, LIVREIRO

No meio da pagina do rosto as armas dos Cunhas. Segue uma dedicatoria de Domingos Fernandes, datada de 22 de Maio de 1609, a D. Rodrigo da Cunha, Doutor em Canones e Deputado do Santo Officio. No verso d'esta pagina vem as licenças, a primeira datada do 1.o de Junho, e a ultima de 10 de Julho de 1606.

É para advertir que na licença se comprehendem as Rimas, o que indica que esta edição deveria talvez fazer parte da edição das Rimas de 1607. O Poema começa logo depois das licenças, e em italico; comprehende 186 paginas numeradas de um só lado.

1614

RIMAS DE LUIS DE CAMOENS. 4611?

Não é conhecida: é citada por Faria e Sousa, que diz ser a oitava.

1612

OS LUSIADAS DE LUIS DE CAMÕES PRINCIPE DA POESIA HEROICA, DEDICADO AO D. DOM RODRIGO DA CUNHA, DEPUTADO DO S. OFFICIO. IMPRESSOS COM LICENÇA DA SANCTA INQUISIÇÃO E ORDINARIO E PAÇO. EM LISBOA, POR VICENTE ALVAREZ. ANNO 1612. COM PREVELEGIO Á CUSTA DE DOMINGOS FERNANDES, LIVREYRO. 4 VOL. 4.o

O rosto é o mesmo da edição de 1609, com as mesmas armas dos Cunhas, só com a differença de ser impressa na officina de Vicente Alvarez; o mesmo acontece ás licenças, que têem a mesma data, e são as mesmas d'aquella edição, bem como a dedicatoria, e até o typo é igual. Ha só a differença, que a dedicatoria na de 1609 precede as licenças, sendo o inverso n'esta.

1615

OS LUSIADAS DO GRANDE LUIS DE CAMOENS PRINCIPE DA POESIA HEROICA. COMMENTADOS PELO LICENCEADO. MANOEL CORREA, EXAMINADOR SYNODAL DO ARCEBISPADO DE LISBOA E CURA DA IGREJA DE S. SEBASTIÃO DA MOURARIA, NATURAL DA CIDADE DE ELVAS. DEDICADOS AO DOCTOR D. RODRIGO DA CUNHA, INQUISIDOR APOSTOLICO DO SANTO OFFICIO DE LISBOA. POR DOMINGOS FERNANDES SEU LIVREYRO. EM LISBOA, POR PEDRO CRAESBECK. ANNO 1613. 4.°

Thomas Northon tinha dois exemplares d'esta mesma edição, com differentes vinhetas no frontispicio: serão duas edições? Encontrou tambem duas paginas com parte do prologo de Pedro de Mariz, inteiramente differente de quantas tinha visto. Seria o prologo da desconhecida edição de 1601?

1614

RIMAS DE LUIS DE CAMÕES, ETC. Á CUSŢA DE DOMINGOS FERNANDES.

1614, 1 VOL. 4.o

Não podemos examinar senão um exemplar truncado, que pertence á Bibliotheca do extincto Convento de Jesus, hoje da Academia Real das Sciencias, o mesmo que viu o Academico Sebastião Francisco Mendo Trigoso. Falta-lhe a pagina do rosto, e os tres sonetos que vem nas edições anteriores: começa no quarto.

Depois d'este soneto vem um prologo ao leitor, em que diz que depois de gastas a primeira, segunda, terceira e quarta impressão das Rimas, determinando dá-la quinta vez á estampa, procurára que os erros que nas outras por culpa dos originaes se commetteram, se emendassem n'esta; que as suas poesias andavam adulteradas por culpa dos copistas, e que para evitar isto, e para que n'esta edição ficassem na realidade da sua primeira composição, communicára com pessoas que o entendiam, conferindo originaes e escolhendo d'elles o que vinha mais proprio ao que o Poeta queria dizer, sem lhe violar a graça e termo particular seu.

Que cavára muitas poesias do esquecimento em que estavam sepultadas, acrescentando na segunda impressão quasi outros tantos sonetos, cinco odes, alguns tercetos e tres cartas em prosa. E n'esta quinta impressão não acrescenta as muitas obras, que por sua diligencia tem alcançado e junto, dos mais certos originaes, nunca impressos, porque na segunda parte que fica imprimindo saírão todas á luz em breve tempo. Esta promessa cumpriu na edição de 1616.

O Academico Sebastião Trigoso observa que, dizendo ser a quinta impressão, entre a de 1607, que se diz terceira, e esta, se deveria ter estampado outra. Seria outra desconhecida, ou isto erro do editor? talvez seja erro d'este, pois sobre este assumpto se encontra confusão e duvida mais de uma vez, como na edição de 1629. Ha mysterios, occasionados talvez pelas difficuldades, e demoras de licenças para a repetição das edições, que hoje os mais habeis bibliographos não têem podido decifrar.

1615

OBRA DO GRANDE LUIS DE CAMÕES, PRINCIPE DA POESIA HEROICA. › DA CREAÇÃO E COMPOSIÇÃO DO HOMEM. COM TODAS AS LICENÇAS NECESSARIAS. EM LISBOA, POR PEDRO CRAESBECK. ANNO 1645

Esta obra que não é de Camões, como em seu logar mostraremos evidentemente, porém sim de André Falcão de Resende, sobrinho do nosso antiquario André de Resende, foi impressa bem como as duas comedias dos Amphitrioens e a de Filodemo, para se juntar á edição de 1616; porém um anno antes, como se vê na pagina primeira que segue á do rosto onde se repete o titulo, e antes do canto 1 se lê: Segunda parte. Este Poema foi impresso em differente typographia da das Comedias; aquellas se imprimiram na de Vicente Alvares, e o poe

ma na de Pedro Craesbeck, em cuja officina se imprimiu a edição de 1616. Estava prompto com as licenças desde 4 de Setembro de 1608. A separação das comedias se explica pelo lado especulativo, isto é, para as tornar accommodadas para um mais largo consummo popular.

1615

COMEDIA DOS ENFITRIOENS. COMPOSTA POR LUIS DE CAMÕES. EM A QUAL ENTRÃO AS FIGURAS SEGUINTES, ETC. EM LISBOA, IMPRESSA COM TODAS

AS LICENCAS NECESSARIAS. POR VICENTE ALVARES, 1615 4.

Em duas columnas.

1615

COMEDIA DE FILODEMO. COMPOSTA POR LUIS DE CAMÕES. EM A QUAL ENTRÃO AS FIGURAS SEGUINTES, ETC. EM LISBOA. IMPRESSA COM TODAS AS LICENÇAS NECESSARIAS. POR VICENTE ALVARES. 4.o

Em duas columnas.

1646

RIMAS DE LUIS DE CAMÕES, SEGUNDA PARTE AGORA NOVAMENTE IMPRESSAS COM DUAS COMEDIAS DO AUTOR. COM DOUS EPITAFIOS FEITOS Á SUA SEPULTURA, QUE MANDARÃO FAZER DOM GONÇALO COUTINHO, E MARTIM GONSALVES DA CAMARA, E HUM PROLOGO EM QUE CONTA A VIDA DO AUTHOR. DEDICADO AO ILLUSTRISSIMO E REVERENDISSIMO SENHOR D. RODRIGO D'ACUNHA BISPO DE PORTALEGRE E DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE. COM TODAS AS LICENÇAS NECESSARIAS. EM LISBOA, NA OFFICINA DE PEDRO CRAESBECK, 1616. Á CUSTA DE DOMINGOS FERNANDEZ, MERCADOR DE LIVROS. COM PREVILEGIO REAL.

Na pagina do rosto tem as armas dos Cunhas, com as insignias do Bispo, e em torno: D. Rodrigo da Cunha, Bispo de Portalegre.No verso d'esta pagina as licenças, a primeira datada de 30 de Janeiro de 1615: Parece ao censor, que é o padre Frei Vicente Pereira, da Ordem de S. Domingos, que mudado e riscado o que em seus logares aponta, se possa imprimir. A ultima licença é de 12 de Fevereiro de 1615.

Segue a dedicatoria a D. Rodrigo da Cunha, em que o auctor se mos

tra agradecido ao Bispo por ter apadrinhado a restauração da sua honra e vida, alem de outras mercês. E para agradecer os beneficios que recebêra do Bispo, juntára para lhe offerecer esta collecção de Rimas, as quaes, a maior parte, lhe certificou elle Bispo serem do auctor, outras The deram varias pessoas, e nas mãos de muitos senhores illustres achára os tres cantos da Creação do Homem, que o Bispo lhe certificára não serem de Camões, mas que estando a obra já começada, os deixára ir; que o Bispo, alem d'isto, lhe dera ajuda de custo para esta impressão de mil e quinhentos exemplares: é datada de 19 de Março de 1616.

Em seguimento a esta dedicatoria vem um prologo ao leitor. Diz que na primeira parte promettêra saír á luz com esta segunda, que offerece, em que gastou sete annos em juntar estas Rimas, por estarem espalhadas em mãos de diversas pessoas, e inda agora promette para a segunda impressão outras, porque da India lhe têem escripto e lhe mandaram muitas curiosidades, e n'este Reino ha de haver mais; d'esta maneira se juntou a primeira parte, mandando-as buscar á India e pedindo-as aqui a senhores illustres e varias pessoas curiosas. Offerece o livro aos curiosos da lição poetica, estudiosos, cortezãos e senhores illustres, recommendando-lhes que o comprem; e diz que se alguns erros encontrarem, que não os julguem de Camões, não o taxem a elle editor porque o seu fim é acertar. Que julgou conveniente juntar os dois prologos de Fernão Rodrigues Lobo Surrupita, e o de Pedro de Mariz, o qual folgára que fosse vivo, para tecer o elogio dos dois fidalgos D. Gonçalo Coutinho e Martim Gonçalves da Camara, pelos epitaphios que mandaram pôr na sepultura do Poeta, dos quaes não trata, porque de um não tem licença, e do outro já o fez por occasião de outro epitaphio que mandou collocar na sepultura de Francisco de Sá de Miranda. Segue o epitaphio latino de Camões:

Naso elegis, Flacus lyricis, Epigrammate Marcus.

Vem depois a taboada das Rimas, e em seguida o prologo de Surrupita da edição de 1595, e a biographia feita por Pedro Mariz.

As Rimas são impressas em italico, e as Comedias em caracteres romanos e em duas columnas. Postoque no titulo se diga com duas comedias, estas tinham sido anteriormente impressas no anno de 1615, bem como o Canto da Creação do Homem, e em outra officina, na de Vicente Alvares, e cada uma d'estas composições com o seu rosto sepa

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