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MR. DE A. DE LAMARTINE

ENTRETIENS FAMILIERS, ETC.

É com prazer que transcrevo estas regras, em que o grande poeta francez faz o mais glorioso elogio da nação portugueza e do grande poeta que em verso cantou os seus sublimes e heroicos feitos.

«Le Portugais dont la langue a toutes les magnificences de l'Espagnol sans en avoir les défauts, a la supériorité dans l'aventure et dans l'audace. Il a joué sa fortune sur toutes les vagues de l'Océan. Jamais peuple si peu nombreux ne fit et n'écrivit de si grandes choses. Son Camoens est le poète épique de son histoire, de ses découvertes et de ses conquêtes dans l'Inde. Son empire transbordé en six mois de Lisbonne en Amérique, sera un jour le texte d'en autre Camoens: le Portugais est un grand aventurier, l'aventurier national, héroique et poétique des temps modernes. >>

M. CHARLES MAGNIN

(1841)

Mr. Charles Magnin é auctor de uma Noticia sobre a vida e obras de Luiz de Camões, que precede a ultima edição de Millié, corregida e annotada por Mr. Dubeux. O sr. Bispo de Viseu, D. Francisco Alexandre Lobo, respondeu a um artigo d'esta biographia que lhe dizia respeito. Mr. Magnin é um dos conservadores e administradores da bibliotheca nacional (repartição dos livros impressos); é membro do Instituto e um dos redactores do Journal des Sçavants.

MR. DE SAINT GEORGE

(1843)

L'ESCLAVE DE CAMOENS: OPERA COMIQUE EN UN ACTE, PAR MR.
DE SAINT GEORGE, MUSIQUE DE FLOTAW. PARIS, 4843

MM. VICTOR PIERROT ET ARMAND DUMESNIL

(1845)

CAMOENS, DRAME EN CINQ ACTES ET EN PROSE PAR MM. VICTOR PIERROT ET ARMAND DUMESNIL. REPRESENTÉ POUR LA PREMIÈRE FOIS À PARIS SUR LE THÉATRE ROYAL DE L'ODÉON (SECOND THEATRE FRANÇAIS) LE 29 AVRIL 1845. PARIS, BEEK ÉDITEUR, 4845

MR. PHILARÈTE CHASLES

(1847)

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ÉTUDES SUR L'ANTIQUITÉ, PRÉCÉDÉL., D' ́ ́~ ́ ESSAI SUR LES PHASES DE L'His

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RAPPORT SUR LA TRADUCTION EN VERS DES LUSIADES DE CAʼOENS, PAR MR. RAGON

Este relatorio é feito peio Abbade Auger, e vem no jornal do Instituto Historico intitulado o Investigador, no caderno de Julho de 1850, a pag. 140.

JULES ZANOLE

(1851)

LA GROTE DE CAMOENS. À MONSIEUR LOURENÇO MARQUES

É uma poesia que consta de uns dezesete ramos ou estrophes, feita em elogio do Poeta, em que se refere á ingratidão com que foi tratado, louvando ao mesmo tempo o actual proprietario da gruta, a quem é dirigida, pelo culto religioso com que cerca o recinto onde o Poeta se abrigava para compor as suas poesias. Vem inserta esta poesia na obra intitulada Apontamentos de uma viagem de Lisboa á China e da China a Lisboa por C. J. Caldeira.

L'ABBÉ ROHRBACHER

(1859)

HISTOIRE UNIVERSELLE DE L'ÉGLISE CATHOLIQUE

PAR L'ABBÉ ROHRBACHER, PARIS 1852

No volume xxiv, a pag. 554, falla em Camões. Mr. Rohrbacher é soció da Academia Real das Sciencias de Lisboa.

MR. ADOLFE DE CIRCOURT

(1853)

CATHERINE D'ATAYDE. TIRÉ DE LA BIBLIOTHEQUE UNIVERSELLE DE GÉNÈVE: JUILLET, 1853. GÉNÈVE. IMPRIMERIE FERD. HAMBOZ ET CIE 1853

Um flicto de trinta e uma folhas. Julgo que é do mesmo Conde de Circourt de quem ha uma Vida de Camões inserida na Revista de Versailles. Vide Nouvelle Biographie Universelle, etc., publiée par MM. Firmin Didot Frères, sous la direction de M. le Dr. Hoeffer.

MAGASIN PITTORESQUE

Camões: -Volume v, fol. 292 e 298.

MR. BERTHOUD

MUSÉE DES FAMILLES. TOMO I, FOL. 369

Um artigo com este titulo: Les deux couronnes d'épines.

G. DE LA LANDELLE

(1859)

LA VIEILLESSE DU POÈTE

Um romance que, bem como quasi todas as obras de imaginação que tomaram por assumpto a vida do nosso Poeta, se afasta inteiramente da verdade historica. Vem no Journal pour tous.

Alem d'estes escriptores citam-se como traductores: Boucharlat, H. Lebefure e Gilbert de Merlhiac que eu não tive occasião de consultar. A estes se devem acrescentar outros escriptores francezes que não chegaram ao meu conhecimento, bem como quasi todos os diccionarios biographicos e bibliographicos (Brunet, Fournier, De Bure, etc.), Viagens a Portugal, Cursos de Litteratura Universal, Jornaes litterarios e recreativos, que mais ou menos tratam do nosso Poeta.

TRADUCÇÕES ITALIANAS

ANONYMO

(15...)

No epitaphio latino que Martim Gonçalves da Camara, com permissão de D. Gonçalo Coutinho, addicionou, e que este fidalgo fez insculpir na campa com que mandou cubrir a sepultura do Poeta, se lia o seguinte verso, em que se faz allusão a uma traducção italiana:

Hunc Itali, Galli, Hispani vertere Poetam..

Em outro que encontrámos em um manuscripto se apresenta a mesma referencia:

Lingua illa tumulus clamat et orbis amat,

Quin etiam variis modulatus carmine linguis
Italo et Hispano, Gallico et ore şonat.

O traductor italiano Paggi, transcrevendo o primeiro d'estes dois epitaphios, acrescenta: «Epitaffio solo errato sin'hora nella parole Italici quando no sia nel senso de Latini.» E na mesma introducção que precede a sua traducção, fallando das traducções estrangeiras que até áquelle tempo tinham saído, estranha que a Italia não tivesse ainda naturalisado este Poema. «Parvemi molto strana cosa, che la nostra Italia dovessi per anco invidiare i trasporti delle altre nationi.» Mas se esta affirmativa do traductor é exacta, emquanto a alguma traducção que saisse impressa, póde comtudo ser duvidosa emquanto a alguma manuscripta de que não tivesse conhecimento.

O livreiro Diogo Fernandes, na sua dedicatoria da edição dos Lusiadas de 1609 a D. Rodrigo da Cunha, falla em uma traducção italiana;

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e Pedro de Maris na biographia do Poeta (1613) igualmente nos dá noticia de uma traducção n'esta lingua, com um certo grau de certeza e como quem d'ella tinha conhecimento, porquanto fallando da traducção franceza previne o leitor que a não viu, o que não faz a respeito d'esta. Estes são os indicios mais antigos que encontrámos, juntamente com os epitaphios citados, da existencia d'esta antiga traducção, que de alguma maneira se fundamentam com algumas conjecturas rasoaveis.

Os acontecimentos da Asia e a narração d'estes deviam inspirar um vivo interesse á nação de cujas mãos haviamos arrancado o seu rico e lucrativo commercio. Todos sabem que hoje ainda possuimos, traduzidas do italiano, relações de viagens que originariamente foram escriptas na lingua portugueza, e que aquella nação promptamente reproduzia na sua. A primeira e segunda Decadas de Barros foram traduzidas logo em Veneza por Affonso de Ulloa, no anno de 1562, e no de 1578 pelo mesmo traductor e na mesma cidade a Historia do descobrimento da India de Castanheda.

Não é pois para admirar, antes parece muito provavel que um poema onde estes successos são cantados com tão grandiloqua poesia, e que tinha na mesma Italia por pregoeiro da sua fama o mesmo Torquato Tasso, achasse na terra classica das letras algum poeta, que, encantado da sua leitura no original, procurasse fazer conhecer as bellezas do Poema portuguez aos seus compatriotas, na lingua materna. Comtudo parece que na epocha em que o Tasso escrevia o seu Discurso sobre a Poesia Heroica (1587) a sua fama se achava circumscripta a um limitado numero de admiradores, porquanto parece que se fosse mais largamente espalhada, e o seu Poema geralmente divulgado e conhecido na Italia, fazendo o Tasso menção da Italia Liberatta do Trissino no seu discurso, não deixaria de alludir ao Poema portuguez; salvo se não lhe agradou o maravilhoso da Epopéa portugueza, por estar em opposição ao que empregou no seu poema, ou porque o não julgou opportuno, para não apresentar os logares que se diz que o Poeta italiano seguiu do nosso, e que por este motivo talvez, apontando-se na edição de Genova de 1590 da Gerusaleme do Tasso todos os logares imitados pelo Poeta italiano de outros poetas, se omittiram aquelles em que se assimilhou com alguns dos Lusiadas, os quaes depois apontou Manuel de Faria e Sousa, e modernamente Nervi na sua traducção do Poema portuguez, edição de 1824. Mas estas imitações que se fazem de genio a genio, e em que muitas vezes o que imita fica supe

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