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fentiffe que tornaffe, & que fe leuan taría a terra contrele: bo que Antonio de bzito temeo. E como aindatinba a cerca da fortaleza poz fa 3er/tinha muyros doentes/ não ousou de bolir configo: z posto que Ibe pesou muyto de não fazer aĝle homê Chriftão,madoulbeque fe foffe,porquelbenão podia valer/ zele le foy. Ele este home fefizera Cbriftão em pouco têpo bo fozão todos os daquela ilha,segúdo auta pouco que erão mouros: z desta vez ficou aterra tão aluozoçada/q Antonio de brito teue afaz que fa zer em a tornar a pacificar/zaffiti nba muyto trabalho em não auer na feytozia nenbúa roupaq gastar 'pera auer poz ela mantimentos Z coufas neceffarias pa fefazer a for taleza, muyto maioz boteuera/ Te não chegara de Malaca būfidal go chamado põ Rodrigova filua ebunanio em que leuana fazêda pera a feytoziacom, a fe remedeou balguas neceffidades que tinha, zcoeftenauio vierão també algus jungos de Malaca,zde Banda, t doutras partes/ a buscar Crauo como acoftumauão:bo que fabedo Antonio de bzito/ determinou de bo não confentir/pozque queria q foffe todo bo Crauo pera el rey de Portugal, pozeffe fer bo fim pera qmandaua ali fazer aquela fortale 3a:zmadou pedir aos reys comar cãosem cujos fenbozios auia Cra *uo,que bo não cõfintissem vender a outrem se não ao feytoz del Rey de Portugal, zifto mandou efpë cialinente dizer a elRey de Lido, re/pozque soube que estauão é feu

pozto certos jungos 8 Sádajqué com feu fauoz determinauão feus Donos de carregar, ziftolhemans dou pedir z requerer pozbú Anto nio tauares, que foy em búa fufta com vinte tantos Portugueses,z mandoulbe que quando el rey não quifeffe mandar ir os jungos de feu porto/que os fizeffe ir ás bon bardadas: bo é Antonio tauares fez com tanta exorbitancia que él Rey valua gête ficou em extremo efcandalizada dele/mas poz Anto nio tauares eftar no marz ter arte Ibaria/não oulou el Rey de bolir coele:z eftando ele no pozto pera as cabar de esgotar outros jungos fe bifoffem carregar/deulhe bũa to? uoada com que a fusta deu acosta,

Antonio tauares zos outros fe faluarão em terra com muy to perí go:mas apucitoulbes pouco/poż que como a gente eftaua efcandalizada como os vio affi desbaratados,remeteo acles co fuas armas, z inatarãonos a todos:z tomarão a fusta zartelbaria.o que faben, do Antonio de biro, mandou logo prender algúscarpinteiros d! Rey de Lidoze / que lhe épzeltara pera fazer bú navio quetbe fazia, zdefpois de os préder, mandou di zer a el Rey de Lidoze bo porque os prendera,requerédolbe que lbe mandaffe logo as armas dos Poz tugueses/a fusta/z artelbaría que lbes foza tomada / zos mouros a os matarão per a fazer justiçables, ao que não fatisfazendo el Rey be terminou Antonio de bzito delle fazer guerra:bo quelbe Lachil da roes cofelbaua que fizeffe,perater

dele mais necessidade do q tinhas zdizialbe q se deixaffe affi paffar as quele atreuimento del rey de Lidoreque cada dia bo teria perabooffe der:z quearaynba z feu filho boajudarião posto que ela foffe filha del rey de Lidoze zeiefeu neto:0 ĝera contrarezão,nem a rainbabo quis fazer,z posto que não foffedepiaça fecretamente mádaua aos feus que não ajudaffé a Antoniode bzito co tra elrey feu pay, que feleuantaffem contra os Portugueses. Do Lacbil Daroes auifou logo Anto nio debzito, tlheconselbou que ms teffea raynbar feu filho na fortale za/zque coiffo feguraria a terra de rodo. Efobristo ouue Antonio de bzito confelbo coeffes fidalgos e ca ualey208 ĝeftauão coele, z os mais deles Ibeaconfelbarão ĝpoz nenbú modo boliffecomaraynba nem cõ el rey,pozquemetendo os na forta. lezafeleuantaría a gente contreles z Lachil Daroes não feria podero fo pera os apacíficar que melbozfe rialeuar araynba pozbē. £ Antonio de bzito não quis tomar efteco. selbo pola instrução que tinha de Lachil Daroes:querêdo bo poer em obza soubeboaraynba zfugio pera búaserra zdali se passou pera feupay zborey ficou:z porque não fugiffe també recolheo o Antonio de britona fortaleza tratadobo co morey/que era cổtodo feu estado fem Ibe faltar coufa nenbúa.E com tudo vendo a géteva ilha como bo feurey eftaua metido na fortaleza t bo não deixauão fayz dela ficarão muy defcontentes parecedolbeque cra pzeso/z ouue algus aluozoços

em algōs que Cacbil Daroes apaa gou/mas não que a gente ficaffede. todo bê com Antonio de bzito nem bo querião ajudar na guerra cótra el rey de Lidoze pozfer pay da fua raynba:do que Antonio de bzito ef taua muy agastado.pozque poz ter poucos Portugueses z doentes/z tinba a fortaleza po: acabar não ou faua deos apartar defi,nem de os auenturar á guerra:ca que quería fazer ael rey de Lidoze qrialba fa zer com os Lernates co propofito belbederrabar coeles feu poder pe ra que quando os Portugueses fol fem teueffem menos que fazer/pera o que pedio confelbo a Lachil Daa roes quelho deu muyto bō/z foy q madaffe pregoar polas pouoações da ilha que qualquer pessoa que les uaffecabeça de Lidoze a Antonio debzito, ou lbo leuaffe catiuo que Ibedaría pozcadabū bú pano fino. Ecomo erão cobiçosos poz ganba rem aquele preço começarião logo de fazer faltos na ilba de Lidoze,co mo começarão,zerão tantos os â matauão que não auia panos que a bastaffem peralbos pagar,ztambe dos Lernates mozrião muytos/t desejarem feus parentes e amigos devingarem fuas moztes foy caufa de a guerra seatear, ? começouse de fazer muy crua dambas as partes, zos dailhade Bachar de Seilo loajudauão també aos Ternates pozamoz de ganharé os panos. E com toda efta gente que era contra el rey o Lidoze desejaua ele tão pou copaz nem amizade com os Portu guefes pelo efcandalo que tinha des les que nunca a pedio à Antonio de

bzito,nêfelbe defculpou do paffa do.Eneste tépo mandou Antonio de bzito descobzir outra nauegaçã pa balaca pola vía da ilha de Boz neo/quelbe differão que era mais bzeue que a da ilhade Banda/tmā dou ailloê bûnauio bũ Simão da bzeu feu parente que partio de Lernateem Junbo: porque não soube e que lhe fucedeona viagê não dis rey mas se não que chegou a Dala ca em Houebzo bû mes despois de dom Barcia anrriquez que foza po la via de Banda,zauia onze meses quepartira de Lernate.

CLapit.xliij.De como do Pedro de caftro pos a obediencia dos reys de Zanzibar z Pemba as ilhas de Querimba que lhe defobedecião.

Auernando dom pes drove caftro z Diogo Demeloem aboçambi que como atras fica di to chegarão ao alcaydemóz da foz taleza būs êbaixadozes das ilhas de Zanzibar z Peba: pedindolhe que pois erão vaffalos del rey de Portugal lhes deffe ajuda perafu gigarem a feu fenbozio as ilbas de Querimba que fendo fuas felbes reuelarão cô fauoz del rey de Mom baça, nelas lhes tinbão tomados būs zambucos z mozta algúa gête. Duuida efta embaixada pelo alcay de móż poz quanto não era podero fo pera dar bo focozroq lhe pedião requereo a Diogo de meloz a dom Pedro de caftro que focorreffem aqueles reys,porque feria grade fer

uiço del Rey de Boztugal. E poz Diogo de melo não poder ir foy dõ Bedro fem ele/z foy no batel da fua nao co arrombadas/zescolheo pera ir no efquife Chriftonão 8 fou fa,deque faley nos liuros atras q bia poż passageiro z leuaua a capita nía de Lbaul/zcoeler com dope. dro fozão outros fidalgos z gente darmasem paraós da terra / z ses ríãopoztodos paffate de cê bomés dos noffos. Eindo ao longo da cof ta chegarão a búa das principais ilhas das de Querimba bú bõpeda ço antes de sol posto,em q auia bũa pouoação de mouros z estaua em goarda dela húsobzinho del rey de Abombaça com gête de goarnição 2 coela ajuntou toda a da terra que era muyta: z vendo vir os noffos cuydando q os enganaffem fayzão á pzayaco mostra de paz,mas quâ, do virão os noffos armados recoIberanfe pera a pouoação,r poĉdo em faluo as molberes filbos com outra gente que não podia pelejar/ zaffi bomais que poderão deixará seeftar com fuas armas pera defen derê a terra. E nifto chegarão os noffos a terra/zvom Pedro fezde les dous efquadrões, ele com bú r Cbriftouão de foufa co outroentrará na pouoação cada bu poz feu cabo em que acharão grande refifte cía :pozque ho fobzinbo delrey de

bombaçaera efforçadorco a gê, teque tinba defendiafe bem,zaffife começou a peleja muy bzaua espa Ibandofe do Pedro Christovão de foufa co os seus pola pouoação: zdurando affi'a renolta, bú fidal gochamado Antonio galuão filbo

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valeria duzetos mil cruzados, foy thepofto fogo zardeo toda:sem do Pedro querer muyto dinbeyroq Ibe os mouros dauão porque bo não fizesse, z ele não quis porque fi caffem elcaramêtados, 7 não feles uantafem mais contra os reys de Zanzibar/zPêba, acuja obediencía os tornou zassi os outros das outras ilhas/ que vendo eftes Defbaratados z caftigados, se roza narão a obediêcia dos reys:t eftã do ainda aquí do Pedro alagarão feos paraós em que os nossos tí. nbão carregado bo defpofo que ou uera dos imigos z perdeofetodo: feyto ifto partiole do Pedro pera

que foza de Duarte galuão, que ia com dom Pedro se perdeo de fua companhia, z buscandoo com ou tros quebo acompanbauão, foy ter colete ou oy to dos noffos/que pelejauão com muytos mouros/ que poz ferê muytos os tratauão muy mal com muytas feridas que Ibes tinhão dado. E chegado Antonio galuão / ajudouos tambem que fez fugir os mouros/z foy aju dar a Lbristovão de foula, que efs tana en grade aperto có bis mou ros, dentro em búa casa, onde bo. Christouão de fousa fez muy effor çadamente matado muytos, mas ficou ferido.Enefte tempo na para te onde pelejaua Dom Pedro, foy mozto bofobzinho del rey de Mỗ baça,pelo queos mouros fe defba ratarão z fugirão, ficãdomuytos moztos:z dos noffos, fozão feri dos afoza Cbristouadeloufa/Saf par pzeto feu criado,Muno freire/ Zuys machado, zoutros algús/ zja denoyteque fe a peleja acabou ferecolbeo Dom Pedro co os nof fos a búa mezquita junto do mar onde efteue aquela noyte. E pozla ber antemanba/que entraua genteda terra firme nailba a fe ajutar comos mouros, 2 tonarësobzele, bo que fe podía fazer cō a maré vazia/mádou a Antonio galuão que foffe có algús dos noffos albo el trouar/z ele não pode ir logo, poz eftar com febre / despois que foy bem de día fe foy ajuntar com An> tonio galuão, ¿ derános mouros z matarão muytos / zfizerão fu. gir os outros.Eroubada a pouo-dofe affivom Pedro tornouse pe ação em que se achou despojo, que

Soçābique, têdo mãdado dian te Chriftouão 8 soufa z os outros feridos. Epartido dali poz bo bas tel fer muyto pesado z mao vere marz dar muyto trabalbo,beter, ininou de bomandara Merlinde, pera õde bo vêto era a popa,t poż bobatelfer grande fofría bo mar, zele iria no efquife ao longo da ter ra pera adoçãbique, z deu a capi. tania do batela Antonio galuão/ z começando de caminbar, eftado Dom Pedro furto ê bũa pequena enfeada,eftando ele dormindo defpois de comer/faíose dô Christouãobcaftro feu pzimo/t affi os ou tros em terra/onde ouuerão bum recorrocom muytos Cafres, que os tratarão tão mal, que os fizera recolber ao efquifemuýto feridos, ifto pozlbes acodir vom Bedro que acordou ao arroído, z se não a codira todos fozão moztos: z ven

rabolugar 6qpartira, õde achou

a inda Antonio galuão que não era partido/z aquela noy te mozreo dõ Chriftoua decaftro/filho de Felipe decaftro/que foy bú dos feridos. Epozdom Pedroser parente Dã, tonio galuão z muyto feu amigo/ rogoulbe que deiraffe bo barel/z foffe coeleno efquife, raffi bo fez: no batel mádou poz capitão a dom Roque decaftrofeu irmão:z eletoz nou a feu caminho pera Moçãbig.

C Capit.pliiij. Do que Antonio saluão fez em Cotangone tomā dole pera adoçambique,

Indo ao longo da cofta foy ter coele búzabuco carrega do o mantimêtos, emquetão Portu guefes,& por algús respeitos que pera iffo ouue, mudou vom Pedrobo conselho de ir no efquife: 7 deixado nele poz capita a Antonio galudo foylediate no zabuco. E Antonio galuão ficou no efquife, é a pallon afaz vetrabalho, de fomez de fede/ com todos os de fua companbia:z eftando tres legoas de aboçābiq pareceo búalegoa ao mar/ que era búzabuco, a que derão caça cô bo efquife a vela/z fizerāna varar em terra/napzayað búa pouoaçãcha mada Lotagone, pouoada demou ros queeftauão de guerra co os nof fos.Equando Antonio galusoche gou a terra/ia os mozadozes dela descarregauão bo zabuco quelogo deixarão,z remeterão aos noffosé Desembarcado:ztrauoufe antreles

bua peleja é que os noffos bo fize rão tambê, que leuarão os imigos ate bo lugar a que logo poferão bo fogo:zpozlbeos immigos acodi remdeixarão os noffos, com que teuerão tempo detonar ao zambu co z deitalo ao mar,ʊ acharão nele algús mantimétos,zaffi tomarão algús paraós á eftauão no pozto. Ffto acabado que os noflos estauão no mar/ervé deterra bú paraó cõ fete ou oyro bomés quechegarão a bordo do zambuco õdeestaua An tonio galuão/aque bú velbo que vi nba no paraó apiesētou bū piesente de galinhas fruytas da terra/z zoiffelbe poz bü lingoa que trazia que era de Moçambique/quehofa ver zaos de fuá cõpanhia: pera ver bomêsque fendo tão poucos teue raotamanbaousadia que sayzão é terra apelejar com tamanho nume rodimigos,z qaffi lhe tomarão o zambucofem nenbú perigo:z afft ibe tapedir quelbefizeffe merceda quelezambucoz dos paraós & toa mara naquele porto, que ficarião pozfeus perafempze.Edizia ifto d maneyza que Antonio galuão enté deo que diffimulaua pera the fazer algüâtreição. Eentedendo ifto fez que os quería pzender,zviffe ao ve boqeletinha fabido como os da quela pouoação erão imigos dos noffos/lbestinbão feytos algūs males.E pois ele fendo delalbefo ra falar fein feguro z pera bo enganar que bo engano auía deficar coe le,zbo auiade catiuar cō os mais de fua companhía:do que bo velbo zos outros que erão mancebos fi, carãotrefpaffados de medor dei

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