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to partirão/z fernão de magalhã es seguio poz fua rota adiante por autre aquelas grandes z altas fera

Fernãodemagalhães mádoulo. gofondar a boca dele/rpolo grande fundo q le acbou conheceo que era eftreito q fefazia do mesmomar_ranias cubertas deneue ate que cos oceano,affi como le faz bodegibzal

meçou dachar outra terraemquea

tar pelo que ficou muytoledo/pozuiahuas aruozes altas q parecião quelbe pareceo que aquele estreito guia de coztar toda a terra do Beafilate chegar ao mar poz õde ele cria que poderíanauegar pera Maluco fem ter neceffidade de ir pola noffa nauegação:o que ele receaua muy to poz não topar navios Portugues Les, z determinou de descobzir aĝle eftreito pera ver se chegaua a outro inar,pozquele chegasse daua a fua nanegação por muyto boa. E affen tado nito poelbe nome a baya de todos os fanctos poz chegar aliem taldia. E dando conta de fua deter minação aos Portugueses come> Çou de navegar poz efte eftreyto/z entrado pozeleera a boca de largu ra boelpaço q tomauão duas naos búa júto da outra/despois se alar gaua ate búa legoa,zde cada vez de móz fundo quelbo não achauão, bebuapartezdoutra auía muy altas ferranías cubertas de neue. E era terra defabitada z sem verdura nem aruozedo/nem parecia nenbú gadonem alimarias bzauas. E indo affi acharão que ho estreito se fa zia em duas bocas. Ø que vendo Fernão de magalhães madou a Aluaro de mezquita que foffe poz bua delas ate bo cabo/2despois se toznaffeali/z que ele faría outro tato: zquem chegaffe primeyzo efperaffe pera faberemo que achauão/zveré o que auião de fazer.E coefte cocer

cedros z affi outro aruozedo: z állí foy ate bocabodaquele eftreito que vio que fe acabauano mar oceano, z que aterra poz onde fe fazia aquele estreito ficava cercada de mar de duas partes. vifto por ele roz» nouse a paragem donde se apari tara Daluarove mezquita pera fas berdele o que acharapoz fua derro ta. E chegado não boachou,zespe rando pozele algūs días núca veo/ porque segúdo le defpots foube ho feu piloto com a gente da nao se le, nantou contrele, bo prendeo poz que não follem mais auante z se toż nassem:como tornarão pera bo río delam Julião, onde recolherão a João de cartajena que bificara de gradado z se tornarão pera Senilba/dizendo que Fernão de magalhãeseravondo/z que mintirá ao Emperadoz.pozquenão fabia õde ftauão Banda nem Maluco. E vês do Fernão de magalhães que Alua ro de mezquita não vinba não bo quis mais efperar poz selbe não gaf tarem os mantimentos,z tornoule poz aqle eftreito poz õdefaio aomar oceano:za boca poz õde fayo achou geftaua em cincoêta z cinco graos de notte a ful pera a parte do fulzy t dali madou Fernão de magalhães foffem buscar alinha equinocial, pozą fabia pelas cartas mefiuas de Francisco ferrão / z pelas cartas

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antigàs demarear que Maluco jaa zia naquele paralelo da equinocial: zoiminuindo na altura ate fe poer bebaixo dela nauegou poz ele cinco mefes fem achar Daluco,do que af fiele como os seus pilotos z bo af trologo fe agaftarão muyto / poz que fegúdo fe defpois achou pelos noffos quando tomarão búa deftas naos na ilha de Ternate. Affirmouse Fernão de magalhães com boastrologo z pilotos da frota que tinhão tanto andado veleste a oeste despois que fayzão do estrei to que erão faydos do limite de La stelà, 7 que entrauão ja muyto polo de Portugal. Ecomtemor de to parem gentenossa/7 tambem com muyra neceffidade dagoa/acozda, rão de deixar a derrota q leuauão/ znauegaraopera a parte do nozte ate que fe poferão em dez graos / z ali acharão bú arcepelago de muy tas ilhas:ztomádo ali terra virão que a gentetinha paraós em que na uegaua/ztrazia muyto ouro nos braços z nas ozelbas/rque bores gatauão por ferro:zdaqui a cincoë talegoas fozão ter a bũa ilha chamada Adaçana que tinbarey, que fazendolbes muyta bonrraz gasa, Ibado os leuou a outro rey doutra ilba chamada Lubo cujo vassalo era/que recebeo com muyta bonrra a Fernão demagalhães,ribefez muy bō tratamento: principalme te despois que foube como era capí tão móz du fenboz tamanbo como bo Emperador de quem Fernão Demagalbaes fez que se fizcffe vaffalo/z mais bo fez tornar Chriftão za sua molber/za feus filhos com

muytos do feureyno/z postheno medom Fernando:z poz feu confen timento foy edificada búa igreja da avocação de nossa Senhora da vítozia em que se celebzaua bo officio diuino. Eeftando nesta amiza. de/elrey rogou a Fernão de maga Ibães que ho ajudaffecontra outro rey seu vezinho senhor de hũa ilha chamada atão que lhe não que>

ría

obedecer,zfobiiffo tinbão am bos guerra.E pozel rey ser vassalo do Emperado2/Fernão de magaIbaesthedeu a ajuda que lbepedia, z pelejou duas vezes com bo rey de Abatão/r dambas lhe matou muyta gente. E não querendo com tudo obedecer a el rey de Cubo pe lejou coele outra vez / z defta foy mozto zdesbaratado:porque el rey de Abatão tinha mandado fazer muytas couas cheas deftrepes no lugar onde auía de fer a batalba/ que em fe começando de dar fez que fugia com fua gente. E Fernão de magalbães contêtandose coiffo os não fegnio/z recolhendo fua gente dão os immigos nelez dão coele nos eftrepes onde matarão a ele za Duarte barbosa, z a João ferrão com vinte tantos homês,r os ou tros ferecolherão aos bateys, me tendofenas naos se tornarão pera a ilha de Lubo.

CCapitulo.ir. Da treyção que el rey 8 Lubo fez aos Castelbanos em quematou muytos deles /2 de como escaparão fugindo. E do que paffarão ate chegarem aa ilha de Lidóze húas das ilhas de abaluco,

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nados os Laf fteibanos aa ilba de Lubo/r vendose de emparados do feu capitão mooz, 2 DE quem os guiaffe pe ra onde auião de ir quiferanfetoz par dali. Ao que João carualbo puoto da nao de João ferrão acodio, dizendo que não fizeffem búa couardia tamanba como aquela, T que oulbaffem em quanta obrigação lhes ficaria bo Emperadoz se The descobriffem ✩áda v Maluco: poziflo que bo descobrislem que ele os leuaria lá. E animados todos coifto/determinarão de pzoffeguir auantez deranlbe a capitania da nao. E standofe apercebendo pera toznar a sua viagem, mandou el rey de Abatão ameaçar el rey de Lubo queiria fobzeler bo deftruyzia fe nãomatasse os Castelhanos & the não tomasse as naos. E como ele ef taua amedrontado pola mozte de Fernão de magalhães z dos outros ouue medo zo ameaço/t prometeo a el rey de Abatão de lhe fazer o que queria:o que logo pos em obza/z pera iffo fingio fazer búa grande festa em que conuidou os capitães da frota z os principais dela,pera lhes dar bum banquete porque doutra mancyza os não podía tomar juntos/pozque despois damozte de Fernão de magalhães bião poucas vezes a terra 'poz confelbode João carualbo:que quãdo foube que erão conuidados pera bo banquete, & que boquerião rece berlbes rogou muyto que bo não fizeffem,porque tinha poz fem du

uida que aquilo era treição. E por muytas rezões que lhes deu pera bofer/não quiferãosenão ir a terra:mas ele não quis ir/nem que fof feninguem da fua nao / z mandou leuar as Ancozas, faluo búa sobze que ficou,z esta apique pera fe leuar logo se foffe neceffario. E eftando os Cafteibanos comendo de baixo de húas aruozes com grande festa z el rey coeles/da neles a gentedelrey armada z matarão trinta ztantos/zos outros fe acolherão ás naos que estauão perto.Epode ranno fazer pozque João caruaIbo mandou desparar algúas pes ças dartelbaria de que os immigos auendo medo nã›seguirão os Laftelhanos que despois dem‹ barcados poz se veré que erão tão poucos que não abastauão pera tres naos queimarão hũa delas, baldeando nas outras o queleua uão,zpartiransepoz effe mar defef perados defaluação,porque João carualbo com quantolbes promes teraqueos leuaria a Baluco,nem fabia ondeftaua/nem pera onde auiadenauegar: fem leuar certa ro ta nem viase foy poz effe mar onde aventura bo leuaffe, z foy ter a búa ilba chamada Buloando senbozio del rey de Borneo, onde tomarão dous bomens que os leuarão aa ilha de Borneo:zmandarão dizer a el rey cuias erão aquelas naos T que trazião muytas mercadorias pera tratar felbes deffe licença pe ra sairem em terra,2 coela sairão/ madado el rey receber os dous capi tães borradamête zco grade fefta. Eleuadas mercadorias a terra af

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fentarão feytozia / z dahi a dous dias amanhecerão derredoz das naos trezentos z tantos paraós,z parecia qperalbetomare as naos.

geles entendendo fe fizerão logoávela, z derão em cinco jungos queestauão no posto de que toma> réo tres em que acharão muytari queza que leuauão de balaca do deerão/zcatiuarálbetoda agête. Efeyto ifto fozanfe a búa ilba def poucada qestá afastada do pozto ondelbeel rey de Borneo mandou logo pedir os catiuos/mandando lbedous Caftelbanos da feytozia: dizendo que lhe não mandaua os outros porque ficauão oulbando pola fazenda da feytozia. E deran ibeoscatiuos,mandandolbeatzer que lhe mandaffe os Castelbanos quelá eftauão:r poz bo recado tare dar bû día coydarão os Caftelbas nos quelbe querião fazer treição z poziffo requererão a João carua Thoqfepartiffem/zafli bofizerão deirando os companbeiros em ter racom a fazenda/zfozão ter a búa ilha despouoada onde verão pēds2 ás naos poz andarem muyto aber tas. E dali fozão ter a outra ilba chamada Mindanao/z defpois a outra que quia nome Sanguim. E andando perdidos zfemfaber õdeftauão nem esperança de ho saber nunca:z crendo que se chegaua fura fim toparão combũ jūgo da China quebía de Maluco:zauêdo fala de le poz acenos fouberão que anião detonar atras da derrota que leuauão/z tomarão pilotos que os leuarão á ilba de Lidoze/ búa das Albas de Abaluco / onde chegarão

nafim Doutubro de mil r quinhé. tos z vinte bū:cujorey os recebeo muyto bein/reles the derão gran des presentes/dizédo queerão vasfalos del rey de Lastela z bomóz fe nhoz da Lbzstindade/zpozseu mã dado hiĝo descobzir aquelas ilhas perater trato nelaszr fe ele disso for fecontente que faría nisso muy gra de proueito. E vencido elrey dos presentes quelbe verão, diffe que lez sua terra erão del rey de Lastela/quelba entregaua:7 que fou bera poz feus feyticeiros que erão partidas cinco naos pera aqla ilba por mandadɔ de hú grande rey/z poziffo ele era vaffalo del rey de La tela,rlbeobedecia como a fenhoz: quelberogaua que esperaffem do us mefes r quelbedaría crauo nos uo.Ao que eles refponderão que nã podião esperar poz ferem as naos velhas/ poz ilso se querião logo toznar:mas que dalia dous annos lhe prometião de tornar co cincoë tanaos carregadas o mercadozia: preguntaránlbefehião os Por tugueses a eftas ilbas. Elabendoğ fi,differão muy to mal deles chama do os ladrões/7 prometendo que The anião de tomar balaca / pozq dela ate Baluco tudo era del rey de Castela, z rogarão a elrey que the fizeffe vender effe crano quefe a chaffenailha pofto que foffe velho porque coeffe irião contentes. fazião pozse acolher q temião a fol leos Portugueses/qos tratafle mal:q be fabião não era abaluico de feu descobrimento pelo que ti nbãoefprementado naquela nauegação:z bemtomarão poz partido

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tornarem a fuas terras com auida: tem quanto le ajuntaua bo crauo queautão deleuar ficarãocô elrey fazendo veniaga defuas mercado rias,

CCapit.r.De como el rey Daternate foy cometido dos caftelbanos com amizade ra não quis,r decomocarregarão duas naos decrauoz búa foy ter aelpanba, z outra despois de partir arribou a baluco.

Estando aquí má darão offrecer ami zade a el rey de Ter nate couidando bo comprefentes pera iffo.Ecomoele era feruidoz del rey de Portugal auía muytos annos não a quis aceitar/ antes lbe mandou dizer queera vaf falo del rey de portugal, & que a ele queria ter poz feñoz 7 não outro, mandou logorecado a Jozgedalbuquerquecapitão de alaca/em quelbeefcriuiao que passaua:z affi boefcreuco ao gouernados da In dia rael rey de Portugal. E eftas cartas mandou em bú iundo que mãdaua a Malaca/pedindo a elrey que mandaffe prouer aquela terra pois era fua/z que mandaffe fazer nela búa fortaleza.E vendo os Laf telbanos como el rey nã quería fua amizade differão a el rey de Lidoze qquando tornaffem com a armada q dizião bo farião vassalo do Em peradoz pofto que não quifeffe. Eel rey de Lidoze vendo como fe cles queriãoir/mandou apanhar todo

bocrauoque fe pode auer com que carregarão as duas naos ā tinha. Ea mooz parte deste crauó era del rey de Portugal, z dos nofsos que lá ficara do anno demil z quinbentos z vinte detres jungos de alaca que descarregarão na ilha de Bachão por não terem tempo pera irem a balaca,z hű deles era de Luria deua bû mercadoz em que bía a carga delrey de Portugal/ doretozno da fazenda que Gaspar rodriguez feytoz mandou quando lá foy dom Tristão de meneses. E muyto, fardos defte crauo leuauão os nomes dos noffos cujos crão, zcom a pressa que tinhão de carrea gar eftecrauoco medo que não foffeter cocles algúa armada nossa z os tomaffe, cōpzauão ho abahar a dez rá doze dobrões,t mais cozêta barretes vermelhos: compzado os noffos bo babar a cruzado z a menos. E carregadas as naos dei. rarão os Caftelbanos feytozia nef ra ilha de Lidoze com todos feus officiaes, a qficarão muy to cobze T outras mercadozias/z deixarālbe cozenta bombardast muytas béstas respigardas zoutras armas prometendo aelrey de Lidoze que quando tornassem auião de fazer búa fortaleza. E comisto se partio búadasnaos/deque era capita or piloto João carnalbo em Dezébzo demil z quinbentos z vinte hũ: t partida foy auer vista da ilha Dam boino que está atraues da de Baŋda/deque tambem ouue vista z zaf si da costa da jaoà z dabi foy á ilba de Linoz ôde lbefugirão dous ca telhanos a despois fozão ter a a

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