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bomes Dagofto em q Antonio de bziro fe auia oir pera bo Loloco,en tregou a fortaleza a dô García sem bomuroda banda do mar eftar de todo çarrado,z bo da banda da ter ra poz amear a mayoz parte dele, z cô bú baluarte da mesma bada em áltura de duas braças,z outronão tinha feyto mais q os aliceces, z a toureda menagê é altura de.pl.pal mos co dous fobzados/z do derra deyzo ate bo telbado fem paredes fe não co caniçadas de canas fêdidas fozradas desteiras,z disto erão fey tos os repartimétos das camaras. Eeftas erão as paredes que tinhão as casas da feytozia/peloĝos poz cos z cabzas entrauão nelas quâdo querião:z affife goardaua a fazeda del Rey/refte cuydado fe tinha de la. E efta tão gráde z suntuosa obza foy feyta êtres anos, raffi feentre gou a do Garcia dela. E quãdo An tonio de bzito le foy/fozanse coele todos aqles que efperauão que os leuaffe de Maluco fazendo que bo acompanbauão pozā foza capitão, z que logo tornarião. Ødổ Har cia confentio cuydando q foffe affi mas eles velpois que fozão no To loco não tornarão mais /nem An

Tras fica dito como Antonio de baito z dô Garcia anrriquezfecõ certarão/que poz quato Antonio debzito tinba começado bú jungo que fe podería acabar are Agosto,efteueffepoz capitão na fortalezaate então:z dabipo: diate estaría em búlugar chamado Lo loco duas legoas da fortaleza/z dõ Barcia ficaria poz capitão liure z desembargado.E como os Poztu gueles que estauão com Antonio debrito esteueffem os mais enfa dados da guerra/z teueffem junto muy to muy to crauo que era o que lhes mais lembraua que bo feruiço del Rey desejauão de se ir daquela terra/zpoziffo pedirão a Antonio de beito que os leuaffeem fua com panbia:zelelbopzometeo. Ecomo fabia quedo García fe bo foubeffe Ibes auia dimpedir a ida/zlbes a» uiadembargar as certidões do fol do q tinbão vencido,tirou as fecre tamente antes que fe foffe: z pouco a poucolbes madou lá leuar bo feu fato,dando a entender que era feu. E fecretamente mandou leuar os petrecbos da ferraria da fortaleza, ferro/zchumbo quanto pode,z mandou diante quantos carpintei tonio de bzito os mandou, pozque ros z calafates pode auer:zaffi pol folgaua de leuar companhia pera uoza z pelouros/2 tudo bo de albe bomar. pareceo que tinba necessidade/pofto que via em quanta ficaua a fozta leza do queleuaua. Efem do Gar cia difto fer fabedoz,pozą como os officiaes que tinhão estas cousas erão mais amigos Dantonio de bzito que doferuiço del Rey ⁄ dauẩ Ihas muyto fecretamente. Evindo

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CCapit.crrir.Decomovendo do Barcia que Antonio de bzito lbe não quería dar os homens que fe fozão coele, lbe mandou to mar boleme,rasbombas z ve las de búa nao.

Endodõ Harcía passar algūs dias ¿? que não toznauão os que foza cō Antonio debzito,pare ceolbe mal:z poziffolbeefcreueo pe dindolbe quelbos mandafle pois fabia que ficaua o guerra zibe era muyto necessarios, com o que An tonio de bziro defimulou, refpon dendolbe que bé fabia a necessidas quetinba deles z que lhos manda ría: z quelhos não mandaua logo pozlbeferê neceffarios ate acabar bo feu jungo, pera leuarema nao fancta femea que lhe ficara dian teda fortaleza poz ferê agoas moz tas/t esperaua de leuar pera onde eftaua como follem viuas. E não fendo dom Barcia contente co aq la repofta/repzicou pedidolbe ma is afperamente os bomês q tinba: do que Antonio debzito fe efcufaua compalauras muy frias:no que dō Barcía entendco que lbos não queria dar:ztambê por lhe certifi carem algús que ficarão na foztaleza que Antonio debrito não ania de querer dar os bomés que tinha eqania de defimular co palauras are feire leualos, porisso que viffe oquelbe cōpzia. E ainda sobre esta certeza dõ Garcia teue algús com> primentosco Antonio de bzito pe dindolbemuyto poz merce quelbe mandaffe os bomês que tinha/re, prefentandolbe a neceffidade que ti nba deles pera feruir el rey, ¿qua to fe perdería de feu feruiço leuado os/lembradolbequebo não deuta de fazer,affi poz fùa fidalguía, como pozfer tão obrigado aoferuiço delrey.Evendo qsempie Antonio

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de bzito refpondía fem effeito deu conta de tudo ao feitoz, zao alcay demóz z aos outros officiaes da fortaleza z peffoas principais deļa pozcujo confelbo lbefez bu reque rimero em quelbe nomeaua todos os Portugueses que tinha cõfigo. queerão obrigados á fortaleza res qrendolhe oa parte del rey de poz tugal que lbos desse fazendo sobrif so grandes protestações.Emádou Iboper buefcriuão da feirozia/aq refpondeologomandaria os bo més: dilatado de dia em dia deOS mādar:acozdou dom Garcia com confelho dos que diffe de lhe man.. dar tomar boleme,bõbas z velas da naofancta Øffemea antes que a. leuaffe,pozqfem ela não fe podia ir z poz elalbe daría os homés q lbe tinba.Emandadas tomar foubeo Antonio de baito, que qndo fe vio affi atalbado fez confelbo com os que eftauão coele,z vendo quenão tinhão em que feir/que não auião de caber no jungo/poz ferem muy tos: determinarão que foffem tomar anao por força de armas/T que lbe farião lemé, bombas z ve las.Eeftauão todos tam danados dacobiça das fazendas que ja tinbão/queefquecidos da lealdade Portuguesa/com aquela vontade armarão/ttomando fuas lanças e espingardas / 2 outras armas offenfiuas partirão contra a fortaleza de feu rey z côtra fens va ffalos,co tão bzauo impeto como fe foza contra mouros, fazêdo grā des ameaças de pzifam adó Barcia,z de moztes a quem boquisesse defender, zcoefte rumoz passarão

fe

por diante da fortaleza:z com muy to grande befacatamento z diabolt ca ousadia se fozão todos meter na naosanta #femta,co grandes bza dos depesardetal:quero ver quem nola defende/que Ibe não tiremos a vida.Dom Barciaqueos vio paf farz vío oque yão fazer agaftou fe muyto,porquefelbe repzelentou quáto malfeaparelbaua:z poz lhe atalbar mandou bú requeriméto a Antonio de bzito zaos que eftauão coele/que não bolissem com a nao nem the defobedeceffem pois eftaua pozcapitão daquela fortaleza em lu gar del Reyd Portugal cujos vaf falos erão, mandoulbo pelo ouui doz da fortaleza/com quefoy bú ta balião pubzico quelbo pubzicou.E em acabando de boler,os que eftauãocom Antonio de bzito fe rirão dorequerimento/dizendo que não conhecião a do Barcia poz capitão fe não a Antonio de bzito,cujo tem po da capitania duraua atese ir,& q a cleobedecião z não a outrem: z fe dō Garcia lá fosse que lhe tirarião com as espingardas. E toznādo bo ouutdoz coefta repofta, for số Ban cia aconfelbado que mádaffe meter anao no fúdo com bombardadas/ pera o qfe começou o fazer pzeltes.

CLapit.cxxx. Da grade defauêça queoune antre Antonio de bzito zoom Barcia:z de como Antonio debito fepartio pera✩āda.

Stando a coufa neftes termos foube bo La chil baroes:z como ele era grande amigo Da

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tonio debritoacodio logo/zfoy fa lara dom Garcia :eftranbandolbe muytoa rotura que auia antrele z Antonio de baito:porque deixando fer antre Portugueses que tinbão fama deferem muyto cōformes no feruiço de feu rey fobre todas as ou tras nações,deuialbeleinbzar quâ apartados eftauão desua natureza ratre bomés differêtes da fua ley, ? que começauão de conuerfar:que Ibelembzaffe em quão má conta os terião vendo os desauindos e postos em tamanba rotura.Do quedō Garcia selbedisculpou com lhe côrar a caufa que tinha pera fazer og fazía. E todauta como Lachil da roes era mayor amigo Dantonio de bzito quede do Barcia/zlbe vilbévinhabé ficar dom Garcia cõ pouca gête pera ter neceffidade dele/quis fer terceyzo deos concertar.E def= pois de falar com bú z com outros fez de maneyza que Antonio de bri to lenou anaocomprometer de mã dar logo os bomës qeftauão coele, que nunca mandou/porquesabía a neceffidade q tinba deles pera fua viagê/do que naceo antreles moz talodio/principalmente por merericos que nunca falecem ondeba de fauenças.E vêdoos Portugueses efta tamanba antré dom Garcia z Antomode bzito,trabalhauão pola fuftentar affios quéestauão com bú como os que eftauão cô bo ou tro,parecêdolbes que terião deles mais neceffidade / z faríão coiffo melhor feu proucito.Ecomeçoulea coufa demburilbar de maneyza-que dos que estauão com Antonio de bzito fugiãopera dó Sarcia/z des

que eftauão coele fugião pera na tonio de bzito:z todos leuauão no uas de búa parte a outra pera cres cer bo odio atreftes dous bomés, Edeftes passadiços teuerão algūs tanto poder que prouocarão a An tonio debrito que mataffe dō Bar. cia:pera o q bo fizerãobúdia ir dis fimuladamente aa fortaleza, znão podendo fazer ao que yase tornou. Efendo diffo dom Garcia auisado mandou logo tirar búa deuaffacó tra Antonio debzito, raffi do mais que tinha cometido contra bo feruiço del Rey.Efabendo ho ele, z te mendofe de lhe perjudicar, buscou maneyza per a que dom García lbe ficaffepublicamente pozimigo,por que a deuaffa que tiraua não foffe valiofa:z foy fazer com bum fidalgo chamado Lionel de lima que era feu parente que fe foffe pera do Gar cia,fazendo feagrauado Dantonio de bzito/zdizêdo muyto mal dele/ zquele conuidaffeadom Barcia pe ralbomatarit Lionel delima o fez affi.Eentendendo dom Garcia bo. ardil, mostrouse grande amigo de Antonio debrito,zqfe algúa coufa fizera contrele foza pelo q compzia aoferuiço del Rey,z nãopoz mal q Ibe quifeffe:ve modo a Lionel deli ma não teue êtrada coclez ficou bo ardil perdido. E pozquena paffaffe affi, Antonio de bzito foubeffe q era entendido,efcreucolbe do Har cia búa carta fobzisso, porque lhe não mudaffe a fustancia,moftroua primeyzo a Martim cozrea alcayde móż z a outras pessoas, contando, Ibe bofobzea gefcreuiar pedindo Beqteueffe memoria do gdižia nela

perafua juftificação fe Antonio de bzito diffeffe outra cousa,pozque af fi bofez ele despois qlhe foy dada a carta,dizendo quedom Barcia bo mandaua matar poz Lionel delima como feu immigo que era,poz tal bopubatcaua. Enefta defozdem & defconcerto efteuerão ate bo Janey rofeguinte que fe Antonio de baito partiopera Banda'deixando esco2chada a fortaleza da gêre z do mais que diffe.Evendo dom Garcia quá neceffitado ficaua de tudo mãdou a Martim correa que foffe a sada z tomaffe gente z fazêda pera a fey rozia aos jungos ou a quaefquer na uíos de Balaca que bi acbaffe/poz quenemem alaca,nem na India não auia lembrança de mandar a Malu co nenhũa destas cousas,

CLapit.crrri.Decomo bo gouer nadoz andando na cofta do abalabar fe achou mal de bûaperna, pelo que fe foy a Lananor.

Artido o gouernador de Boa foy correndo a cofta ate Banane fem achar ne Inbús paraõs:porque pof to que andaffem no mar tinhão em terrafuas atalayas que lhe fazião fumaças quedauão final dos Por tugueses andaremna cofta,t metiã fe poz effes ríos onde fe efcondião. Etornando bo gouernadoz defrõte de Calicut, mandou queymar bo lugar de Chale per dom Jorge de meneles z certas naos que bi efta. não varadas:zele bo fez afli. Eroz nando daquí pera Canano: chegado ja perto dele vio paffar quatro

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páraós de Malabares quefe'apar, carão da conferua doutros queyão buscar arroz. Equando os vío, fintio muyco oufarem eles daparecer fabendo que andauana costa. E auê do aquilo poz grade desauergonba mento,determinou de os castigar: pera o que madou deitar batel z ar mouse, poftoque andaua mal trata do diaperṇaem que trazia búa cba ga, poz iffo algus lhe dizião que não foffe quelbe faria mal: quauto mais que bo gouernadozda India não auia dir pelejar coquatro bạ labares, que abaftauão quaesquer capitães de catures ou bargantis. Abas ele não quis deixar de ho fa ser tão amigo era de pelejar,zmais auia defer o que foy. E metido no batelcom outros a femeterão coele/z indo virão algus bargantins que fozão aferrar os paraós / z os tomarão matando quantos yão ne les.Eco tudo bo gouernadoz quis chegar a eles valuozoçado de ver a peleja, zdefpois tomouse ao galcão onde chegou com a pernamuyto in cbada zagrauada deir em pé ateos paraós/ toznar épé ate bo galeão quefoy caminbo de búalegoa:r tã bem combo esquentamento das ar mas r do aluozço / z logo aquela noyte the acodio febze, z achouse tão mal que lhe foy forçado reco Iberfea Cananoz pera securar z recolbeofe no mes de Janeyzo deiras dopoz capitão mo02 da costa dom Jorge de meneles telo, que andado pozela foy ter com perode faria a boca do río de Bacanoz bú lugar delrey de Marsinga, onde eftauão carregando depimenta centocin

coêtaparaós malabares pera Lá baya:zos fenhozes dos paraós ajú tarão ali a pimenta pera a carregarem fem ferem fentidos dos Portu guefes/que poz fer a terra delrey de Harlinga que era feu amigo não até tarião niffonem os estozuarião. E os que estauão nos paraós erão quatro mil bomês,de que muytos erão espingardeiros : 7 tinhão os paraós muy bein artilhados.E po sto que dom Jorge isto soube não quis entrar dentro poz ter pouca gente:z efcreuco ao gouernadoz q be mandaffe mais, que como não fabia quantos os immigos erão mandoulbemais algúa gente de q foy capitão mo02 dom Jorgede me nefes,por quem efcreuco a dom Joz getelo/que fe com a gente que lbe mandaua podeffe pelejar com os immigos que pelejaffe/zfe não que efperaffeatelbemandar mais.

CLapitolo.cxxxif. De como dom Jorge telo pelejou com os immi Lagos norio de Bacanar/z de co mo os desbaratou.

Begado dom Jorge Ide meneses á boca do Irio de Bacanoz onde stava dom Forgetelo oeulbe boregimento que lbe mandaua bo gouernadoz acerca de pelejar com os immigos.E quãdo dom Forge bovio diffequenão sepodia goar= dar aquele regimento por não auer tempo pera fe leuar recado ao governador,que eftauãoos immigos pera partir no dia seguinte, z era

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