O Olhar Colonial em Eça de Queirós: O continente africano na escrita queirosiana

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Edições Vieira da Silva, 14 de out. de 2016 - 292 páginas
O olhar colonial em Eça de Queirós enquadra o testemunho queirosiano na expansão europeia em África na segunda metade do século XIX. Este romancista português, ao incluir na sua produção literária variadas referências às diferentes etapas do imperialismo, tornou-se uma testemunha modelar da disputa colonial da sua época. Oscilando segundo o quadro mental e a conjuntura política de cada década, as alusões africanas contidas na prosa de Eça de Queirós vão evoluindo ao longo da sua carreira jornalística e literária. As implicações geopolíticas decorrentes dos acontecimentos ultramarinos estão presentes nos textos queirosianos, chegando até a associar personagens ficcionais aos principais conflitos coloniais. Este livro, dividido em três partes, começa por enquadrar a vida de Eça nas transformações do século XIX. De seguida, apresenta o conceito queirosiano de colonização, a compreensão do imperialismo pelos diferentes grupos sociais e os interesses económicos intrínsecos à ocupação africana. Por fim, analisa-se a abordagem de Eça de Queirós aos problemas coloniais nas diversas regiões africanas.
 

Páginas selecionadas

Conteúdo

Advertências
9
Os novos rumos da Europa
17
Portugal e a política africana
41
O triunfo da cultura burguesa
65
Contextualização da obra de Eça
87
O colonialismo em Eça
121
A construção das imagens sociais
137
A redescoberta de África pelos Portugueses
167
A grande rivalidade colonial
191
Eça de Queirós e o Magrebe
207
As potências em África
229
As polémicas do Egito
249
Epílogo
275
Direitos autorais

Sobre o autor (2016)

João António Salvado nasceu no Estoril em 1964. Licenciou-se em História pela Universidade Lusíada (1989) e desde 1997 é mestre em Estudos Africanos pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Após a conclusão de uma nova licenciatura, no Ramo Educacional (1998), direcionou a sua atividade profissional para a Educação, tendo lecionado em vários estabelecimentos de ensino público e privado, nomeadamente, no Departamento de História da Universidade Lusíada (1998-2002). Atualmente é formador e docente de História do Quadro do Ministério da Educação. Tem desenvolvido estudos sobre a influência do continente africano na História de Portugal. Sobre esta temática, participou em vários encontros científicos onde apresentou, por exemplo, o «Tratado de Tordesilhas: um problema estratégico e diplomático» in Os Descobrimentos Portugueses no século XV (Lisboa, Academia de Marinha, 1999); «A influência do mito: o exemplo do Preste João», in A viagem de Vasco da Gama (Lisboa, Academia de Marinha, 2002); Pedro Álvares Cabral: Para além do Atlântico», in Pedro Álvares Cabral (Lisboa, Academia de Marinha, 2004); «A Imagem do Negro no Carnaval de Torres Vedras», História das Festas (Colibri, Câmara Municipal de Torres Vedras / Universidade de Lisboa, 2006). Colabora pontualmente com a Imprensa, destacando-se os artigos «Inês de Castro: a Internet e as fontes históricas» e «O Testemunho do Assassino de Inês de Castro» (Região de Cister, 2011 e 2012).

Informações bibliográficas