Informação é Tudo: Pesquisas, Eleição 2004, Manaus

Capa
Durango Martins Duarte - 120 páginas

O conhecimento é o antídoto para os males que nos afligem nestes dias de conflitos e incertezas. O ser humano que não dispões de informações sobre a realidade que o cerca, em especial sobre o processo social e suas implicações políticas, está fadado a viver sua história de forma secundária e a tomar decisões equivocadas que se reverterão negativamente para a sua existência. O filósofo inglês Francis Bacon expressou de forma inequívoca a importância e a natureza política do saber: “O conhecimento também é poder”.

O Livro informação é tudo!…, do pesquisador Durango Duarte, é uma evidência dessa assertiva. A obra é um painel ilustrativo do processo político regional, tendo como contexto o período democrático, iniciado em 1982 “com o restabelecimento das eleições diretas para os cargos executivos no País”. O mérito deste trabalho está exatamente em apresentar para os leitores, sobretudo aqueles que se interessam pela história política local, dados e informações indispensáveis para a compreensão da dinâmica e engrenagem das eleições.

Para demonstrar o seu compromisso com a veracidade das informações geradas sob a sua responsabilidade e a isenção com que trata o jogo entre as forças e personagens que se confrontam no processo eleitoral amazonense, o autor disponibiliza para os leitores os métodos, as regras e os procedimentos técnicos que enformam as pesquisas de opinião, Ilustra os interessados, ainda que de forma tópica, com informações históricas sobre a realidade política nacional e local, bem como os aspectos éticos e as dúvidas recorrentes sobre as pesquisas eleitorais.

O livro de Durango Duarte cumpre um papel pedagógico relevante, sobretudo porque desmistifica a ‘mágica’ dos números que envolvem as pesquisas e o comportamento dos eleitores, assim como os fatos e as circunstâncias que determinam a atitude e o ponto de vista dos cidadãos, Por tudo isso, Informação é tudo!… é um texto de leitura obrigatória para todos que se interessam pelo fenômeno político, indispensável para os jornalistas, estudiosos em geral, para os que sonham com a atividade política e, principalmente, para os cidadãos que têm compromisso com o aprimoramento das instituições políticas da nossa terra.

Ao apresentar aos leitores as regras e os artifícios do jogo pela conquista do poder, Duarte oferecer igualmente o antídoto e os instrumentos para a leitura crítica dos fatos que envolvem as disputas políticas, portanto, para a sua própria defesa. Tinha razão o sábio Aristóteles quando afirmou: “O homem de sabedoria sabe como deve comportar-se quando é exaltado e quando é humilhado”.

De dentro do livro

Termos e frases comuns

Sobre o autor

Iniciou o curso primário em 1970 no Colégio Marieta D'Ambrósio, cidade de Santa Maria (Rio Grande do Sul). Cinco anos depois, em 4 de fevereiro, transferiu-se com os seus pais para Manaus, onde ingressou no Colégio Militar. Permaneceu na capital amazonense até dezembro de 1978. De volta ao sul do Brasil, concluiu seus estudos no Colégio Militar de Porto Alegre, e, em seguida, ingressou no curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e no curso de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Sua militância estudantil teve início na capital gaúcha e se estendeu até ao final dos anos 80 em Manaus, cidade que o recebeu novamente em 7 de julho de 1982. Nesse mesmo ano, o então aluno da Universidade do Amazonas (UA) participou do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), como delegado eleito pelo curso de Matemática. Logo em seguida, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Atuou ainda como conselheiro universitário, diretor de entidades estudantis, fundador do Diretório Acadêmico de Engenharia (antigo “Engenhoca”), diretor do Diretório Central dos Estudantes e coordenador nacional dos estudantes de Engenharia. Dentro deste período de atividade política, também atuou no movimento pela redemocratização do País, na campanha Diretas Já! e na democratização das eleições para diretor e reitor da UA, entre outras conquistas em que participou.

Em 24 de fevereiro de 1988, o agora estudante de Jornalismo rompeu com o PCdoB e foi convidado por Omar Aziz (colega dos tempos do curso de Engenharia e atual senador pelo Amazonas) para trabalhar na Fundação de Apoio e Desenvolvimento Comunitário (Fundac), onde exerceu o cargo de diretor executivo. Neste mesmo ano, colaborou com a primeira campanha eleitoral de Omar para a Câmara Municipal de Manaus. E nos anos de 1989 e 1990, atuou como consultor do então prefeito Arthur Virgílio Neto.

Ainda em 1990, começou a desempenhar um trabalho embrionário de pesquisas de opinião pública, em parceria com os professores do Departamento de Estatística da UA, e, concomitantemente, desenvolveu a primeira apuração paralela ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas. Ressalte-se que naquela época a contagem dos votos demorava mais de vinte dias para ser finalizada. Mesmo assim, Durango antecipou o resultado da eleição de governador menos de sete dias após o pleito, projeto realizado em conjunto com o jornalista Umberto Calderaro Filho, fundador da Rede Calderaro de Comunicação.

Seu trabalho de pesquisa informal continuaria até à eleição de 1992. Em 13 de julho do ano seguinte, Durango fundou a Perspectiva Tecnologia da Informação, que se notabilizou por ser a única empresa de pesquisa a acertar todos os resultados eleitorais no estado do Amazonas. Além das pesquisas eleitorais, a Perspectiva também já desenvolveu mais de mil projetos de pesquisa de opinião e de mercado, com destaque para o Top of Mind, que todos os anos aponta as marcas e produtos mais presentes na mente do consumidor amazonense.

Em 2009, Durango criou a The Voice Mídias Integradas, empresa especializada em painéis e plataformas de LED entre outras soluções de comunicação visual e publicitária. Em Dezembro de 2014, Durango criou um blog para expor suas ideias, publicar pesquisas, acervo histórico, vídeos eleitorais, dentre outros conteúdos.

Informações bibliográficas