Os inimigos íntimos da democracia

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Editora Companhia das Letras, 13 de ago. de 2012 - 216 páginas
Em 2003, a invasão do Iraque pelas forças armadas norte-americanas e a consequente deposição do regime de Saddam Hussein foram baseadas num jogo de mentiras e meias verdades que estarreceu o mundo. As armas de destruição em massa supostamente à disposição do Exército iraquiano jamais foram encontradas, e desde então tem sido quase impossível justificar essa desastrosa intervenção militar sem admitir que os interesses da indústria do petróleo sempre estiveram por trás do discurso pró-democracia evocado pela coalizão ocidental. Do mesmo modo, em nome de valores universalmente reconhecidos como autodeterminação dos povos e direitos humanos, os bombardeios da OTAN que se seguiram à recente revolução popular na Líbia reeditam os piores episódios do imperialismo europeu no século XIX.
Segundo Tzvetan Todorov, esses são apenas alguns dos exemplos que evidenciam a assustadora corrosão da democracia no mundo contemporâneo.
A cidadania encontra-se cada vez mais ameaçada pela perigosa combinação entre o cinismo dos políticos tradicionais, indiferentes aos verdadeiros anseios da sociedade, e a ascensão de movimentos populistas à direita e à esquerda.
Consagrado por sua influente produção intelectual como historiador, crítico literário e linguista, em seu mais recente livro Todorov intervém com lucidez no debate público sobre a sobrevivência da democracia no século XXI, emitindo um eloquente alerta sobre a sorrateira supressão das liberdades engendrada por governos, mídias e corporações.

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Sobre o autor (2012)

Nasceu em Sofia, Bulgária, em 1939. Estudou filologia na Universidade de Sofia. Em 1963, emigrou para Paris. Sua tese de doutorado, Literatura e significação (1967), foi orientada por Roland Barthes. É pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) desde 1968. Foi professor visitante das universidades de Yale, Harvard, Columbia e Berkeley. É autor, entre muitos outros, de A gramática do Decameron (1969), A conquista da América (1982) e Os inimigos íntimos da democracia (2012), este último publicado no Brasil pela Companhia das Letras.

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