Mídias educativas e impacto social: as redes do Futura na era da comunicação de causas

Capa
Mórula Editorial, 6 de ago. de 2024 - 350 páginas
O que um poema de Pagu, um rap dos Racionais MCs, um sermão do Pe. Antônio Vieira, um diálogo da novela das nove e um canto puxado pelo Ilê Ayê podem nos dizer sobre o Brasil? Afinal, somos forjados diariamente pela comunicação; a voz daqueles que ocupam esse gigantesco território na América do Sul. Para além da identidade cultural, no novelo complexo que é a contemporaneidade, a comunicação é também capaz de abrir veredas, garantir direitos, enfim, servir como um espelho prismático do que podemos e gostaríamos de ser como nação. Eis aqui a beleza deste livro. Ao refletir a comunicação sob diversos ângulos, mas no diapasão do impacto social, fica mais fácil enxergar onde o Brasil se encontra e onde ele pretende chegar. Num primeiro olhar, podemos cair na tentação de enxergar a comunicação social como algo instrumental numa época em que a tecnologia se desenvolve exponencialmente — um uso "inevitável" que temos a fazer dela. Entretanto, o trabalho realizado pela Fundação Roberto Marinho, cujo pano de fundo está refletido nessas páginas, provam que ela é mais que isso. Trata-se de um pilar fundamental, mutante, na construção da cidadania, garantia de direitos e promoção das práticas democráticas. Em alguns momentos ela se aproxima da educação, oferecendo modelos inovadores e chegando a lugares onde muitas vezes as salas de aula formais nunca estiveram; em outros abre-se à liberdade de expressão firmando-se fundamentalmente como uma das faces da democracia; em ainda outras situações, é pura linguagem e proposta paradigmática estrutural, transformando a maneira com que a economia, a política e a cultura se constroem. Está tudo registrado: textos que nos ajudam a enxergar como realizar a transformação que precisamos para um país com mais equidade, justiça, educação e cidadania. Alexandre Le Voci Sayad, jornalista e educador
 

Sobre o autor (2024)

José Brito é executivo de Comunicação com mais de 20 anos de experiência na indústria audiovisual, do jornalismo de educação e plataformas de streaming. Pesquisador em educação midiática e uso de inteligência artificial generativa no apoio às políticas públicas de combate às desigualdades. Diretor na Jeduca, Associação de Jornalistas de Educação, e conselheiro na Agência Lupa, no combate à desinformação. Foi Gerente de Comunicação da Fundação Roberto Marinho e do Canal Futura, onde liderou a oferta de mídias educativas em plataformas digitais de aprendizagem com universidades e parceiros estratégicos. É palestrante e mediador de eventos em feiras, congressos e festivais da indústria criativa. Acácio Jacinto é Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Mídias Criativas da UFRJ, formado no programa de conselheiros pelo IBGC, possui especialização em TV Digital, Radiodifusão e Novas Mídias de Comunicação Eletrônica pela UFF, além de pós-graduação em Gestão e Gerenciamento de Projetos pela UFRJ. Com formação inicial em Comunicação Social, acumula quase duas décadas de experiência no terceiro setor e no Canal Futura, onde foi gerente-executivo, desenvolvendo habilidades de planejamento, execução e mensuração de iniciativas de impacto social. Atualmente, é gerente-executivo da EBC e membro ativo do movimento negro, além de ser conselheiro consultivo do CEERT e do Intercom. Luiza Goulart é graduada em Comunicação Social (Jornalismo) e Cinema, Pós-graduada em Gestão de Bens Culturais (FGV-SP) e mestra em Artes da Cena (UFRJ). Atua como pesquisadora, roteirista, dramaturga e editora de textos. Atualmente, é líder de produção de conteúdo na Fundação Roberto Marinho, onde coordena projetos variados no campo da Educação com foco na formação e na inclusão produtiva das juventudes.

Informações bibliográficas