Boa Ventura!: A corrida do ouro no Brasil (1697-1810)

Capa
Editora Record, 15 de ago. de 2012 - 368 páginas
Aqui, Lucas Figueiredo traz à vida, pela primeira vez, a trajetória dura e demorada em direção à descoberta de nossas riquezas minerais — e suas conseqüências. A América Portuguesa estava entre as noves províncias gemológicas do mundo. Com um solo impregnado de pedras preciosas, sobretudo, diamantes. Mas foram mais de dois séculos até a Coroa ver algum sinal de riqueza. E apenas a metade do tempo para dilapidar esses recursos. Em cem anos, Portugal torrara mais de metade do metal precioso produzido no mundo naquele período.
Uma sucessão de monarcas perdulários, administradores corruptos e sonegadores de impostos desfilam nas páginas de Boa Ventura com a familiaridade nascida da boa pesquisa. Lucas, com vários Prêmios Esso na bagagem, segue as pegadas fincadas nas picadas da mata por gerações de aventureiros. E traça um painel da grande transformação brasileira: estimulada pela corrida do ouro, a imigração contribuiu para transformar uma colônia esquálida de 300 mil habitantes em robusta colônia de 3,6 milhões. A busca pelo metal ajudou a ocupar e proteger as fronteiras do Brasil, a desenvolver a agricultura e até mesmo as artes.
Só uma coisa não restou desse período... Seu principal protagonista: o ouro brasileiro. Pulverizado por toda Europa.
 

Páginas selecionadas

Sobre o autor (2012)

Lucas Figueiredo nasceu em Belo Horizonte em 1968. Trabalhou na Folha de S.Paulo, como repórter e chefe de reportagem, e no Estado de Minas, como repórter especial. Colaborou com O Estado de S.Paulo, o serviço brasileiro da rádio BBC de Londres e as revistas Rolling Stone, Playboy, Caros Amigos, Superinteressante, Revista MTV, Nossa História e Defue Sud (Bélgica), entre outras. Figueiredo recebeu três vezes o Prêmio Esso, o mais importante do jornalismo nacional – em 2007, foi premiado, na categoria Reportagem, com a série de matérias que revelou o conteúdo do Orvil, publicada simultaneamente no Correio Braziliense e no Estado de Minas. O jornalista também foi agraciado com os prêmios Imprensa Embratel e Folha. São de autoria de Figueiredo os livros-reportagem Morcegos negros (2000), Ministério do silêncio (2005) – menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog – e O operador (2006), todos publicados pela Record.

Informações bibliográficas