Autoengano

Capa
Companhia das Letras, 17 de out. de 2005 - 256 páginas
Reflexão profunda e original sobre a necessidade que tem o ser humano de iludir a si mesmo, bem como sobre as implicações éticas dessa tendência na vida pública e na vida pessoal.

Este é um livro sobre as mentiras que contamos a nós mesmos. Mentimos para nós o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, só levamos realmente a sério os argumentos que sustentam nossas crenças. Além disso, temos a nosso próprio respeito uma opinião que quase nunca coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades. Sem o autoengano, a vida seria excessivamente dolorosa e desprovida de encanto. Abandonados a ele, entretanto, perdemos a dimensão que nos reúne às outras pessoas e possibilita a convivência social.
O problema é que as mentiras que nos contamos não trazem seu nome verdadeiro estampado na fronte. É preciso, por isso, analisar os caminhos que nos levam até elas: encontraremos aí a origem de grandes conquistas e alegrias, mas também dos sofrimentos que muitas vezes causamos a nós mesmos e às pessoas que nos cercam.

Sobre o autor (2005)

Nasceu em Belo Horizonte, em 1957. Formou-se em economia e ciências sociais na USP e obteve o PhD na Universidade de Cambridge. Já recebeu dois prêmios Jabuti, por Vícios privados, benefícios públicos? e As partes e o todo.

Informações bibliográficas